
A Vale (VALE3) apresentou nesta terça-feira (2) suas novas projeções de produção, custos “all-in”, vendas e investimentos para os próximos anos. Reforçando a estratégia de expansão em minério de ferro, cobre e níquel enquanto ajusta seu plano de capital.
Produção deve crescer em todas as frentes
A mineradora estima produzir 335 milhões de toneladas de minério de ferro até o final de 2025, volume que pode variar entre 335 milhões e 345 milhões de toneladas em 2026. Para 2030, a expectativa sobe para 360 milhões de toneladas. Assim as projeções incluem produção própria e compras de terceiros.
No cobre, a Vale projeta 370 mil toneladas em 2025. Para 2026, a estimativa fica entre 350 mil e 380 mil toneladas. Em 2030, a produção deve chegar a 420 mil a 500 mil toneladas. Em 2035, cerca de 700 mil toneladas.
Custos permanecem estáveis no curto prazo
A companhia espera que o custo caixa C1 do minério de ferro fique em US$ 21,3 por tonelada até o fim de 2025, variando entre US$ 20 e US$ 21,5 no ano seguinte. O custo all-in do minério deve alcançar US$ 55 por tonelada em 2025 e variar entre US$ 52 e US$ 56 em 2026.
Para o cobre, a projeção permanece na faixa entre US$ 1.000 e US$ 1.500 por tonelada em 2025 e 2026. No níquel, a companhia estima US$ 13.000 por tonelada em 2025 e entre US$ 12.000 e US$ 13.500 no ano seguinte.
Investimentos devem superar US$ 5 bilhões
A Vale prevê gastar US$ 1,2 bilhão em expansão e US$ 4,3 bilhões em manutenção em 2025, somando US$ 5,5 bilhões. Desse total, o segmento de soluções de minério de ferro deve responder por US$ 3,9 bilhões, enquanto a Vale Base Metals deve receber US$ 1,6 bilhão.
Para 2026, os investimentos estão estimados entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões, chegando a quase US$ 6 bilhões a partir de 2027.
A empresa também informou ao mercado que descontinuou algumas projeções, como teor médio de ferro, prêmio all-in e retorno do fluxo de caixa livre para determinados períodos.
Parceria com a Glencore mira novo projeto de cobre
A Vale, por meio da Vale Base Metals, assinou um acordo com a Glencore para avaliar um potencial projeto de desenvolvimento de cobre na Bacia de Sudbury, no Canadá.
O estudo deve analisar sinergias na operação subterrânea das duas empresas. Após a fase inicial, Vale e Glencore devem formar uma joint venture 50/50.
O projeto prevê o aprofundamento de um poço da Glencore e o acesso a novos depósitos, com expectativa de produção de 880 mil toneladas de cobre ao longo de 21 anos, exigindo um investimento entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2 bilhões.
A etapa de engenharia e licenciamento deve ocorrer em 2026, e a decisão final de investimento está prevista para o 1º semestre de 2027.