Medicamento para perda de peso

Wegovy: vendas crescem 79% no terceiro trimestre

Valor atingiu US$ 2,5 bilhões, ante US$ 1,37 bilhão no mesmo período de 2023

Foto: reprodução
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As vendas do Wegovy, medicamento para perda de peso da Novo Nordisk, aumentaram 79% no terceiro trimestre de 2024, para US$ 2,5 bilhões, segundo informações do “Quartz”.

“Estamos atendendo mais pacientes do que nunca”, disse o CEO da empresa dinamarquesa, Lars Fruergaard Jørgensen, em um comunicado.

Entre julho e setembro de 2023, as vendas do medicamento haviam atingido US$ 1,37 bilhão. O valor do último trimestre superou expectativas da FDS (FactSet), que previa US$ 2,3 bilhões. Na quinta-feira (7), as ações da empresa fecharam em alta de 2,1%.

O Wegovy faz parte da classe de medicamentos GLP-1, popularizada pelo Ozempic. O aumento na demanda por esses medicamentos fez com que a Novo Nordisk e sua concorrente Eli Lilly se tornassem as maiores empresas farmacêuticas do mundo.

Enquanto o Wegovy fez grande sucesso, o medicamento GLP-1 da Eli Lilly Zepbound não atendeu expectativas. Suas vendas atingiram US$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, abaixo dos US$ 1,7 bilhão esperados por analista, segundo a FactSet.

Golpe do Ozempic: falsificação troca medicamento por insulina

Um novo golpe no mercado de medicamentos tem feito cada vez mais vítimas, desde pacientes a farmácias: o falso Ozempic. Golpistas tem trocado a caneta emagrecedora, cuja substância é a semaglutida, por outras com insulina.

No último domingo (3), o Fantástico revelou detalhes de como o golpe acontece: alguém liga para a farmácia e solicita a entrega de cinco ou seis canetas da medicação. Quando o entregador chega no endereço, antes mesmo de se dirigir até a porta do prédio, ele é abordado pelo ‘suposto’ cliente.

Na verdade, essa pessoa é a mesma que fez o pedido, mas ela não mora no local. O golpista finge desistir da compra. Ele retira a sacola com a medicação trocada de dentro do carro e a devolve ao entregador, que vai embora para a farmácia com a caneta de insulina em vez da caneta de semaglutida.

Priscilla Mattar, vice-presidente da área médica da Novo Nordisk, produtora do Ozempic, no Brasil afirmou que já chegaram até o laboratório “cerca de 50 casos, mas 11 desses casos evoluíram com um quadro grave”.

A médica do laboratório mostra como as pessoas podem identificar a caneta falsificada de Ozempic.

“Aqui eu tenho as duas canetas. Uma caneta que é a caneta original, a caneta genuína. Ela tem uma cor azul clara. Ela tem essa parte interna que é cinza claro e tem um botão aqui, aplicador, também em cinza. As doses que ela fornece, essa caneta aqui, de um miligrama, só aparece no demonstrador de dose o número um. Eu tenho aqui uma caneta de insulina, que é azul escuro. A gente já percebe que a primeira grande diferença é a cor. Essa caneta por dentro é laranja, avermelhado. O botão também é da mesma cor, laranja. E quando a gente vai olhar a dose, nesse caso, ela vai de duas em duas. E nesse adesivo que eles estão usando para readesivar a caneta, eles escrevem nova formulação”, revela Mattar.