Varejo

Vendas no varejo crescem em julho, mas caem em relação a 2024

Alta mensal de 2,4% nas vendas do varejo em julho foi puxada por combustíveis, mas queda anual de 1,1% indica desaceleração econômica

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Fernando Frazão/Agência Brasil)
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Alta mensal de 2,4% foi puxada por combustíveis, mas houve queda de 1,1% na comparação anual.

As vendas do comércio brasileiro cresceram 2,4% em julho, segundo o IVS (Índice do Varejo Stone).

O avanço mensal foi impulsionado principalmente pelas vendas de combustíveis, mas, em relação a julho de 2024, houve retração de 1,1%.

Segundo Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, o resultado indica uma recuperação parcial da atividade varejista, sustentada pela resiliência do mercado de trabalho.

No entanto, o nível de atividade ainda está abaixo do observado no ano passado, reforçando o cenário de desaceleração econômica.

“A inflação segue dando sinais de acomodação, mas essa moderação parece mais ligada à perda de fôlego da economia do que a uma melhora estrutural nos preços”, avaliou Freitas.

Segmentos

Na comparação mensal, cinco dos oito segmentos analisados registraram crescimento em julho:

  • Material de construção: +3,8%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +1,2%
  • Artigos farmacêuticos: +1,1%
  • Combustíveis e lubrificantes: +0,8%
  • Tecidos, vestuário e calçados: +0,7%

Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 3,6%, enquanto móveis e eletrodomésticos recuaram 0,2%. Hipermercados, supermercados e produtos alimentícios ficaram estáveis.

No comparativo anual, apenas combustíveis e lubrificantes tiveram alta (+1%).

As maiores quedas vieram de móveis e eletrodomésticos (-8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,1%).

Varejo online recua

O comércio eletrônico registrou queda de 6,8% em julho, enquanto o varejo físico avançou 0,7%. Na base anual, o digital recuou 18% e o físico caiu 1,1%.