A Warren Investimentos concluiu a aquisição da corretora mineira Amaril Franklin, adicionando à empresa nativa digital R$ 600 milhões em recursos – principalmente em operações de renda variável – e 3 mil clientes, como antecipou o “Valor”.
A outra vantagem para a Warren é que agora ela vai estar fisicamente presente em uma região rica do país, de acordo com o CEO da plataforma, Tito Gusmão, em entrevista ao “Valor”. Segundo ele, o relacionamento humano é importante para o plano de expansão da Warren.
A liderança das operações de Belo Horizonte vai ficar com um dos filhos do fundador. Com a aquisição, a Warren pretende modernizar as operações da Amaril Franklin.
A Warren foi fundada por Gusmão, que é ex-sócio da XP, no Rio Grande do Sul. A empresa está presente na capital gaúcha e no interior do estado, além de Curitiba (PR), São Paulo e Rio de Janeiro. Após a aquisição em Belo Horizonte, a Warren também pretende expandir seus negócios para Brasília, como informou o “Valor”.
Possível interesse de irmãos Batista em compra parte do Petrópolis traz competitividade para o setor
A notícia de que os irmãos Batista estariam interessados em adquirir 50% do Grupo Petrópolis agitou o mercado. Inicialmente divulgada pelo colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, a informação teve efeito quase imediato sobre as ações do setor, fazendo, inclusive, os papéis da Ambev (ABEV3) despencarem. Diante das conjecturas em torno do tema, Joesley Batista veio a público negar (sem muita firmeza) o interesse na aquisição.
Os irmãos Joesley e Wesley Batista são proprietários da J&F Investimentos, holding que controla a JBS (JBSS3). Segundo a lista de bilionários da Forbes, publicada em setembro de 2024, os irmãos acumulam uma fortuna de R$ 23 bilhões cada um.
Já o Grupo Petrópolis detém uma fatia de 12% do mercado brasileiro de cervejas, sendo dono de marcas como Itaipava, Crystal, Petra e Black Princess. A companhia entrou com pedido de recuperação judicial há aproximadamente dois anos. Além disso, o grupo, do empresário Walter Faria, fechou recentemente um financiamento no modelo DIP com o Banco Original, controlado pela J&F Participações, da família Batista, no valor de R$ 328 milhões.
Mas quais seriam os efeitos dessa operação para o setor? Esse foi o questionamento que rondou o mercado nos últimos dias. Analistas consultados pelo BP Money entraram em consenso de que a aquisição poderia aquecer o setor de bebidas brasileiro. Logo, poderia até mesmo colocar grandes players em maus lençóis.
“Essa aquisição pode trazer novos ares competitivos e uma expansão de outras marcas para se tornarem ainda mais relevantes”, comentou Matheus Lima, analista de investimentos e sócio da Top Gain.
“Atualmente, o mercado brasileiro de cervejas é dominado por grandes players, como Ambev e Heineken. A injeção de capital e a expertise empresarial dos Batista podem fortalecer o Grupo Petrópolis, permitindo investimentos em expansão e inovação, o que pode alterar a dinâmica competitiva existente”, acrescentou Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.