O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (12) que a regulamentação das criptomoedas é importante para unir bitcoin (BTC) e outros criptoativos ao Pix, Open Banking e Real Digital. A declaração foi feita no evento “O Futuro da Regulamentação dos Criptoativos no Brasil”, promovido pelo Escritório Figueiredo & Velloso Advogados Associados, em Brasília.
“A regulação deve permitir que essas inovações ocorram com segurança e tragam mais eficiência ao sistema financeiro pois defendemos que os criptoativos no Brasil devem ter uma interligação com CBDC, Pix, Open Finance e tem o potencial de transformação dos serviços financeiros e links com o mundo real e metaverso”, explicou Campos Neto.
Durante o evento, Campos Neto afirmou que as criptomoedas surgiram para atender uma demanda sobre pagamentos mais rápidos e baratos. Para ele, os ativos digitais transformarão a economia do futuro em uma economia “tokenizada”.
“Estamos falando de extrair valor de um ativo de forma digital, sejam eles arte, foto, propriedades, ideias e até dinheiro”, relatou.
Para o presidente do BC, a regulamentação das criptomoedas no País deve ter uma postura proativa, além de entender como o bitcoin e outros ativos digitais irão interagir com o mercado financeiro tradicional e com outros mercados.
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Campos Neto quer unir sistema financeiro com de criptoativos
No evento, Campos Neto relatou que o sistema financeiro nacional já tem uma CBDC sintética, que são as diferentes formas de pagamento, transferência e uso do real nos ambientes digitais, seja via Ted, Doc ou Pix.
O BC planeja integrar o sistema financeiro nacional, que já opera “digitalmente”, com o sistema de criptoativos, para que a população possa usufruir dos benefícios do “dinheiro programável”.
“O objetivo é conectar tudo em algum formato de carteira digital: Pagamentos, open finance, monetização de dados e ter uma trilha comum com dinheiro programável com protocolos abertos. Então, vamos para um novo sistema interoperável que irá permitir pagamentos, depósitos tokenizados, Open Finance, monetização de dados, stable coin”, explicou Campos Neto.
