Foto: Reprodução
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A batalha judicial entre os irmãos Lucas Queiroz Abud e Gabriel Queiroz Abud ganhou um novo e luxuoso capítulo. O motivo da vez é o iate “Big Aron”, avaliado em R$ 26 milhões e arrematado por R$ 8,5 milhões em um leilão da Receita Federal, em 2018. A embarcação, registrada na Capitania dos Portos, tornou-se o centro de uma disputa acirrada por posse e controle patrimonial.

Lucas Abud acionou a Justiça da Bahia, alegando que o irmão estaria tentando negociar a venda do iate sem sua autorização. Segundo a ação, Gabriel teria tentado vender o “Big Aron” por US$ 8 milhões, valor equivalente a R$ 43,57 milhões, com a intenção de se apropriar indevidamente dos lucros. O empresário pediu medidas urgentes para impedir o que classifica como um “esvaziamento patrimonial”, apontando risco de dilapidação dos bens da família.

A juíza Itana Eça Menezes, da 8ª Vara Cível e Comercial de Salvador, determinou o andamento do protesto judicial, medida que busca proteger o bem de uma possível venda irregular. A decisão prevê que Gabriel seja notificado para averbar o protesto na Capitania dos Portos, garantindo que o iate permaneça sob tutela judicial até o desfecho do caso.

Conflito bilionário entre irmãos

A disputa pelo “Big Aron” é apenas um dos diversos embates judiciais que marcam a relação entre os irmãos. Lucas Abud figura como credor em uma execução de R$ 22,7 milhões contra Gabriel. Em paralelo, o empresário também é réu em outro processo movido pelo irmão, que pede a busca e apreensão de uma BMW 745e Hybrid, avaliada em R$ 510 mil.

Os autos revelam um histórico de conflitos sucessivos e disputas patrimoniais de alto valor, evidenciando um padrão de litigiosidade dentro da família Abud. Fontes próximas ao processo descrevem o cenário como uma “guerra familiar travada no Judiciário”, marcada por acusações mútuas e bens de luxo no centro das contendas.