
Um levantamento da AtlasIntel, encomendado pela CBF e divulgado na segunda-feira (24), apontou que a entrada dos clubes na B3 (B3SA3) poderia redesenhar o atual modelo de financiamento no futebol.
“Isso seria um novo atrativo para os clubes se capitalizarem, uma superampliação do número de pessoas na Bolsa e uma forma de transferir parte dos gastos que os brasileiros têm feito nas bets para investimento direto nos clubes”, explicou Marcelo Rotenberg, diretor de Políticas Públicas na AtlasIntel, de acordo com o InfoMoney.
O relatório apontou que cerca de 48 milhões de torcedores investiriam em clubes de futebol se as ações estivessem disponíveis na Bolsa de Valores.
CBF: pesquida aponta Flamengo como possível ação de maior interesse
O levantamento apurou que seis clubes lideram o interesse financeiro. Em primeiro lugar aparece o Flamengo, com 43,3% de preferência; na sequência, o Palmeiras (37%) e o Bragantino (35,7%). Em seguida vêm São Paulo (32,8%), Fluminense (32,7%) e Botafogo (30,5%).
Atualmente, o Brasil conta com 5 milhões de pessoas físicas que investem na Bolsa. Dentre os 48 milhões de torcedores dispostos a entrar nesse negócio, aproximadamente 3,8 milhões (8,2%) estariam dispostos a investir uma quantia superior a R$ 5 mil.
Além disso, a pesquisa também destacou que 36,4% dos torcedores brasileiros apoiam a formação de clubes de futebol em SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol).
Nesse cenário, outros 36,5% dos entrevistados responderam que “não sabem se apoiam ou não” o modelo de gestão, enquanto 27,1% disseram ser contra a adoção das SAFs. Dessa forma, o levantamento sugere que o tema ainda está em processo de consolidação no debate público.