
O processo nos EUA adiciona um novo e incômodo capítulo à saga que o BP Money revelou em outubro de 2025, quando os irmãos travavam uma batalha na Justiça baiana pelo iate Big Aron, arrematado em leilão da Receita Federal por R$ 8,5 milhões e avaliado em mais de R$ 26 milhões.
Na ocasião, Lucas acusava Gabriel de tentar vender a embarcação sem sua autorização, por cerca de US$ 8 milhões, o que motivou um protesto judicial preventivo. Gabriel, por sua vez, havia processado o irmão em ações paralelas, incluindo a busca e apreensão de um BMW 745e Hybrid.
Agora, o novo processo em território norte-americano coloca o sobrenome Abud novamente no centro de uma disputa de luxo, vaidade e suspeitas financeiras.
Dessa vez, não se trata apenas de desentendimentos familiares: a queixa apresentada em Miami aponta estruturas offshore e uma rede de transferências internacionais de bens que despertam atenção de autoridades financeiras.
Entre o luxo e a lama
A coincidência entre os nomes e o histórico de litígios no Brasil reforça a percepção de que a briga dos irmãos Abud saiu do campo doméstico para um território de possível repercussão internacional.
Ainda que as partes não tenham se manifestado publicamente sobre o processo americano, o caso revela um padrão preocupante de disputas envolvendo ativos náuticos de alto valor e operações empresariais opacas, praticadas através de empresas sediadas em paraísos fiscais.
Especialistas em direito internacional consultados pelo BP Money avaliam que, caso a ação nos EUA confirme a irregularidade na transferência do iate, o episódio poderá afetar a reputação dos envolvidos e abrir caminho para investigações sobre movimentações de capitais — sobretudo se houver conexão com operações no Brasil.
Luxo, ego e litígio
O que começou como uma rivalidade entre irmãos empresários, divididos por iates e automóveis de luxo, vai se transformando em uma trama judicial digna de um roteiro cinematográfico — com iates, offshores e tribunais internacionais.
Enquanto isso, os processos se multiplicam, e o nome dos Abud passa a circular não mais apenas nas colunas sociais, mas nas páginas de tribunais de Salvador e Miami.