
O ambiente financeiro da Fórmula 1 nunca esteve tão aquecido. As dez equipes do campeonato atingem hoje um valor médio de US$ 3,6 bilhões cada, e as líderes do ranking já ultrapassam marcas consagradas da NFL e da NBA em valor de mercado. O crescente apetite de investidores transformou o esporte em um ativo altamente cobiçado.
Um dos exemplos mais recentes desse movimento é a negociação entre Toto Wolff e o bilionário George Kurtz, CEO da CrowdStrike. Eles discutem a possível venda de uma parcela da Mercedes — time que já alcança uma avaliação próxima de US$ 6 bilhões, após registrar um salto de 58% nos últimos dois anos.
Apesar do avanço da Mercedes, é a Ferrari quem ocupa o topo da lista, estimada em US$ 6,5 bilhões, segundo dados compilados pela Forbes.
Lucro reforça corrida por valor no grid
O avanço nas avaliações das escuderias é impulsionado também por um momento de forte rentabilidade. Em 2024, seis equipes encerraram o ano no positivo. A Mercedes, por exemplo, registrou um lucro operacional de US$ 202 milhões. A McLaren, que em 2018 amargava um prejuízo de US$ 137 milhões, conseguiu virar o jogo e fechou com resultado positivo de US$ 61 milhões.
Nesse contexto, a possível entrada da Andretti–Cadillac como 11ª equipe reforça o peso da limitação de vagas no grid — um dos elementos que alimenta a valorização acelerada das escuderias.
Equipes mais caras da F1
1. Ferrari — US$ 6,5 bilhões
Avaliada no topo do grid em 2025, a Ferrari movimenta receita de US$ 670 milhões e mantém lucro operacional de US$ 80 milhões. Sob o comando de Frédéric Vasseur, a escuderia fundada em 1951 acumula 243 vitórias na categoria, reforçando seu peso histórico e comercial.
2. Mercedes — US$ 6 bilhões
Logo atrás aparece a Mercedes, que registra receita de US$ 799 milhões e lucro operacional de US$ 202 milhões. Dirigida por Toto Wolff, a equipe somou cerca de 125 vitórias ao longo de sua trajetória, iniciada em 1954 e retomada em 2010 após a aquisição da Brawn GP.
3. McLaren — US$ 4,4 bilhões
Na terceira posição está a McLaren, com receita de US$ 614 milhões e lucro operacional de US$ 61 milhões. Sob Andrea Stella, a escuderia fundada por Bruce McLaren em 1963 já celebrou aproximadamente 183 vitórias até 2025.
4. Red Bull Racing — US$ 4,35 bilhões
A Red Bull ocupa o quarto lugar, movimentando receita de US$ 618 milhões e lucro operacional de US$ 26 milhões. Comandada por Christian Horner, a equipe — que sucedeu a Jaguar em 2005 — soma cerca de 120 vitórias.
5. Aston Martin — US$ 3,2 bilhões
Em quinto lugar surge a Aston Martin, que contabiliza receita de US$ 353 milhões e prejuízo operacional de US$ 18 milhões. Sob a liderança de Mike Krack, a equipe voltou ao grid em 2021. Embora a marca tenha histórico nos anos 1950, a formação atual ainda não venceu corridas.
6. Williams — US$ 2,5 bilhões
A Williams aparece na sexta colocação, com receita de US$ 245 milhões e prejuízo de US$ 36 milhões. Comandada por James Vowles, a tradicional escuderia fundada em 1977 acumula 114 vitórias ao longo de sua história.
7. Alpine — US$ 2,45 bilhões
Na sequência está a Alpine, que opera com receita de US$ 300 milhões e prejuízo de US$ 13 milhões. Liderada por Bruno Famin, a equipe carrega o legado da Renault e soma vitórias em diferentes fases da marca na Fórmula 1.
8. Sauber — US$ 2,4 bilhões
A oitava posição pertence à Sauber, que reporta receita de US$ 240 milhões e prejuízo de US$ 25 milhões. Sob Alessandro Alunni Bravi, a equipe — hoje alinhada à Alfa Romeo — entrou na categoria nos anos 1990 e registra número reduzido de vitórias como construtora principal.
9. Racing Bulls — US$ 2,3 bilhões
A Racing Bulls aparece em nono lugar, com receita de US$ 318 milhões e lucro operacional de US$ 5 milhões. Dirigida por Laurent Mekies, a antiga Toro Rosso/AlphaTauri soma duas vitórias em sua história.
10. Haas — US$ 1,5 bilhão
Fechando o ranking está a Haas, que movimenta receita de US$ 150 milhões e lucro operacional de US$ 9 milhões. Sob o comando de Ayao Komatsu, a equipe estreou em 2016 e ainda não conquistou vitórias na Fórmula 1.