
O Palácio de Buckingham comunicou, na quinta-feira (30), que o rei Charles III removerá os títulos do príncipe Andrew e o expulsará da residência real. Com isso, Andrew deixará de ser reconhecido como parte da família real e passará a ser chamado de Andrew Mountbatten-Windsor.
A decisão ocorre em meio a novas revelações sobre seu envolvimento no esquema de Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual de adolescentes que cometeu suicídio na prisão em 2019.
Diante do escândalo, Charles foi vaiado por um manifestante antimonarquista ao sair da catedral de Lichfield. “Há quanto tempo você sabia de Andrew e Epstein?”, gritou o homem, enquanto filmava o protesto, de acordo com a Veja. “Você pediu à polícia para acobertar Andrew?”.
De acordo com o Daily Mail e a People, Charles enviou mandados reais ao lorde-chanceler para oficializar a remoção dos títulos de duque de York, príncipe e Alteza Real. Andrew também foi expulso da Ordem da Jarreteira, a mais antiga e prestigiada ordem militar britânica, e da Real Ordem Vitoriana, criada pela rainha Vitória em 1896 para reconhecer serviços pessoais prestados à monarquia.
Exílio e perda de títulos
O exílio interno de Andrew na família real britânica se desenrola há anos. Há seis anos, o “ex-príncipe” foi banido de todas as cerimônias oficiais e perdeu o tratamento de Sua Alteza Real, após uma entrevista considerada autodestrutiva e evasiva.
Em 19 de outubro, o palácio anunciou que ele também perderia todos os títulos de nobreza, incluindo o de duque de York, em punição por mentir sobre o rompimento de contato com Epstein, condenado por manter uma rede de aliciamento de menores.