O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou na última quarta-feira (26), que não vê motivos para adiar o segundo turno das eleições, como defendem alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não existe previsão legal para adiar uma eleição. Eu não vejo como isso aconteceria e não vejo motivo”, disse o coordenador da campanha do presidente Bolsonaro em entrevista ao site “Poder360”.
Ainda, o ministro disse que confia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aguarda resposta da Corte sobre supostas irregularidades nas inserções em rádios.
“Eu acho que é o ideal o próprio TSE fazer a sua análise, fazer as suas averiguações. Conta com a nossa confiança, a confiança do país. Agora, não se pode deixar nada sem ser averiguado, nada sem ser investigado. Eu acho que existe agora uma dúvida muito grande sobre as inserções, se o processo foi legítimo, se os dois candidatos envolvidos tiveram o mesmo direito, e eu tenho certeza que o TSE vai dar essa resposta o mais rapidamente possível”, declarou o coordenador da campanha do presidente Jair Bolsonaro.
A campanha de Bolsonaro afirma que diversas inserções deixaram de ser veiculadas em rádios. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o chefe de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, deram entrevista a jornalistas para falar sobre o tema.
Lula tem 53% dos votos válidos no segundo turno, e Bolsonaro 47%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente de Jair Bolsonaro (PL) na disputa de segundo turno das eleições presidenciais. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, o petista aparece com 53% dos votos válidos, quando são excluídos os brancos e nulos. Já o atual presidente tem 47%.
O cenário se mantém estável à medida que vai se aproximando do dia da votação, marcada para 30 de outubro. No último levantamento realizado pela Genial/Quaest, em 19 de outubro, Lula aparecia com 53% dos votos válidos e Bolsonaro com 47%.
Nos votos totais, o petista tem 48% das intenções de voto contra 42% do atual presidente. Os brancos e nulos são 5% e os indecisos marcam 5%. O ex-presidente manteve sua vantagem de 6 pontos percentuais no segundo turno.