Foto: Cadu Gomes/VPR
Foto: Cadu Gomes/VPR

Após participar de cerimônia de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida em Bauru, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (31), o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que houve um avanço significativo na relação entre Brasil e Estados Unidos depois do encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, mas que ainda é preciso esperar os desdobramentos das próximas reuniões.

Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, confirmou que não há data marcada para uma reunião entre negociadores brasileiros e do governo dos Estados Unidos para discutir o tarifaço.

“Foi dado um passo muito importante e agora vamos aguardar os desdobramentos. Não tem ainda uma data marcada, mas nós estamos muito otimistas que a gente vai poder avançar num ganha-ganha”, afirmou Alckmin.

O vice-presidente confirmou que o governo Lula segue trabalhando pela suspensão temporária da tarifa extra de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros além dos 10% que já haviam sido estabelecidos.

“Todo o trabalho está sendo feito para suspender esses 40% [de tarifa] enquanto se negocia”, disse o vice-presidente e ministro.

Reunião com EUA ainda sem data, confirma Alckmin

Questionado se há previsão para nova conversa entre autoridades brasileiras e americanas, ele respondeu: “Não tem data marcada, mas eu acho que nós vamos avançar rápido”.

Alckmin também colocou aos jornalistas presentes à solenidade que o Brasil não é problema para os Estados Unidos.

“Do G20, das 20 maiores economias do mundo, só com três os Estados Unidos têm superávit na balança comercial: Reino Unido, Austrália e Brasil”, destacou.

Ele reforçou que, enquanto não se resolve a questão, o governo fez um conjunto de medidas para ajudar as empresas a preservar o emprego.

Alckmin citou como exemplos os R$ 40 bilhões de créditos com juros de 6% a 9,5% a postergação de pagamento de tributos até dezembro, a prorrogação do regime de drawback.

Outro ponto mencionado pelo vice-presidente foi a criação do Reintegra a empresas que perderam exportação para os EUA.