Reunião bilateral

Alckmin se reúne com ministro chinês para discutir tarifas dos EUA

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2024, o fluxo de comércio entre as duas partes somou US$ 158 bilhões

Brasília (DF), 08/04/2024 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, durante o lançamento da Plataforma de Dados de Patenteamento do Setor Farmacêutico. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 08/04/2024 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, durante o lançamento da Plataforma de Dados de Patenteamento do Setor Farmacêutico. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin se reuniu por vídeo conferência com o ministro do comercio da China, Weng Wentao nesta sexta-feira (11). O encontro foi pautado nos desdobramentos das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A conversa ocorre em meio a escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim, essa última elevando tarifas sobre produtos americanos a 125%. Segundo a assessoria do ministério brasileiro, vice-presidente e o ministro chinês trataram de temas como as alterações tarifárias no cenário internacional da economia.

“Convergiram na defesa do multilateralismo e do sistema internacional de Comércio (OMC)”, diz o Ministério em nota. Ambos participaram de videoconferência bilateral realizada a pedido de Wentao.

“A China é importante parceiro econômico do Brasil e os dois países mantém diálogo estratégico”, diz o Mdic, destacando que Alckmin e Wentao ainda “discutiram a próxima reunião de ministros” de Comércio dos Brics, que será realizada no mês que vem em Brasília. As informações são do ‘Valor Econômico’.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2024, o fluxo de comércio entre as duas partes somou US$ 158 bilhões, com as exportações brasileiras somando US$ 94,7 bilhões e as importações de produtos chineses atingindo US$ 63,6 bilhões.

China afirma que ‘vai ignorar’ novo aumento de tarifas dos EUA

Após retaliar os EUA com um aumento de 125% nas tarifas sobre produtos americanos, a China afirmou nesta sexta-feira (11) que não dará mais resposta a futuras medidas similares de Washington.

Em comunicado oficial emitido pela Comissão Tarifária do governo chinês, por meio do Ministério das Finanças, Pequim declarou que novos aumentos tarifários por parte dos EUA simplesmente serão “ignorados”.

A justificativa, segundo o governo chinês, é que as atuais tarifas já tornaram inviável a entrada de produtos norte-americanos no mercado local.

“Levando em consideração que neste nível de tarifas os produtos americanos exportados para a China já não têm mais nenhuma chance de serem aceitos no mercado local, se Washington continuar aumentando suas tarifas, a China vai ignorar”, afirma o texto.