Política

Anderson Torres é preso pela Polícia Federal

Torres é acusado de conivência nos atos de vandalismo contra os edifícios-sede dos Três Poderes no último domingo

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, foi preso na manhã de sábado (14) pela Polícia Federal, cumprindo decisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).  O avião com Torres embarcou na noite de sexta-feira (13), em Miami, nos EUA, e chegou a Brasília às 7h25 (de Brasília) do sábado, segundo a “Agência Brasil”. 

Torres é acusado pela Advocacia-Geral da União (AGU) de conivência e omissão nos atos de vandalismo contra os edifícios-sede dos Três Poderes no último domingo (8). Além do ex-secretário, também foi preso o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira.

Ex-ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres estava em Orlando, nos EUA, quando ocorreram os ataques. No dia dos atos terroristas, Torres era secretário de Segurança Pública do DF.

Anderson Torres teve a prisão determinada na última terça-feira (10) por Alexandre de Moraes, a pedido da PF. Na quarta-feira (11), a corte validou a decisão, por 9 votos a 2.

PF encontra minuta na casa de Torres para Bolsonaro mudar eleição

A Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, uma minuta (proposta) de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A medida seria inconstitucional.

O texto foi encontrado no armário do ex-ministro durante busca e apreensão realizada na última terça-feira (10). O objetivo, segundo o documento, era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.

Torres teve a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na última terça-feira. Ele assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias aos EUA cinco dias depois. O ex-ministro não esteve presente no Brasil no domingo (08), quando terroristas bolsonaristas atacaram prédios públicos.

O documento encontrado pela PF dá indicação de ter sido criado após a realização das eleições e teria objetivo de apurar abuso de poder e medidas ilegais adotadas pela presidência e por membros do Tribunal antes, durante e depois do processo.