Política

Arcabouço fiscal: Lira diz que gostou do que ouviu de Haddad

Lira disse que Haddad apresentou a ele, em geral, dados do arcabouço fiscal, mas gostou do que ouviu

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),  disse que o jantar que teve com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi “amistoso” e de “aproximação”, marcado por conversas sobre o arcabouço fiscal e a reforma tributária.

Em entrevista para a Globonews, Lira disse que Haddad apresentou a ele, em geral, dados do arcabouço fiscal, mas gostou do que ouviu. O presidente da Câmara ainda sugeriu ao ministro que, antes de tornar público, falasse com as lideranças do Congresso, para que eles entendam e se sintam parte do processo decisório.

“O núcleo do governo precisa sintonizar e apoiar o texto que o ministro da Fazenda – junto com sua equipe, envolvendo o Ministério do Planejamento – decidir. A principio, este texto vem sendo gestado com muito carinho, com muito afinco, a muitas mãos, ouvindo pessoas das mais diversas opiniões”, disse Lira, que elogiou as conversas que têm tido com Haddad, classificando-as como “proveitosas”.

Segundo o progressista, o ministro tem tido “sensibilidade muito boa” no diálogo com o Parlamento e que, desta forma, conta com a simpatia e a boa vontade dos deputados. “É louvável a capacidade de arregimentação dele, da equipe dele no trato com o Congresso Nacional”, disse.

Haddad entrega proposta de arcabouço fiscal para Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do novo arcabouço fiscal.Para a CNN, assessores do governo informaram que o texto foi entregue ao presidente no início desta semana. Uma apresentação detalhada, porém, ainda será realizada ao presidente pela equipe econômica.

A expectativa no Palácio do Planalto é de que a proposta seja concluída até sexta-feira (17). No mesmo dia, deve ser promovida uma reunião ministerial, às 15h, na qual o assunto deve ser discutido.

O governo federal acredita que a apresentação do arcabouço fiscal pode ajudar a pressionar o Banco Central na redução da taxa de juros, hoje em 13,75%. As próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) ocorrerão nas próximas terça-feira (21) e quarta-feira (22).

Em conversas reservadas, Lula tem afirmado que pretende apresentar a proposta antes de decolar para viagem oficial à China, programada para o dia 24.

Em entrevista exclusiva à CNN na semana passada, Haddad explicou que não será nem tão restritiva como o teto de gastos, nem tão liberal como uma simples meta de endividamento ou de superávit primário.

Fontes do Ministério da Fazenda disseram à CNN que o plano deve ser algo como um gatilho relacionado à arrecadação federal. Mas essa confirmação não foi feita, já que Haddad tem evitado dar mais detalhes sobre o tema.