O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) divulgou nesta terça-feira (9) a ata da última reunião realizada entre os dias 2 e 3 de maio, em que ficou mantida a taxa Selic em 13,75% ao ano. E no documento, o BC (Banco Central) informou que caso um arcabouço fiscal “sólido” seja aprovado no Congresso Nacional, os impactos podem ajudar na redução da taxa Selic.
“A apresentação do arcabouço fiscal reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública. O Copom seguirá acompanhando a tramitação e a implementação do marco fiscal apresentado pelo governo e em apreciação no Congresso”, afirmou na ata.
No entanto, a entidade ressalta que “não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do novo marco fiscal”.
Outro ponto que o Banco Central destacou no documento foi que a inflação continua elevada para o consumidor e as expectativas de inflação para os próximos anos “seguem desancoradas” das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional. No entanto, o BC espera uma “queda relevante” na inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo trimestre, por conta da baixa no preço do combustível registrado durante as eleições presidenciais do ano passado. E acrescentou que os preços podem voltar a subir no fim do ano.
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“O Comitê reafirma que o processo desinflacionário em seu atual estágio demanda serenidade e paciência na condução da política monetária para garantir a convergência da inflação para suas metas”, informou.
Banco Central mantém taxa de juros em 13,75%
Os apelos do governo, a inflação abaixo do esperado e a apresentação do tão aguardado arcabouço fiscal não foram suficientes para a redução da taxa básica de juros. Nesta quarta-feira (3), pela sexta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC (Banco Central) decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano.
A última vez que houve alteração na taxa foi em agosto de 2022, quando o Copom ajustou meio ponto percentual para cima, passando de 13,25% para os números atuais.
