O Banco Central informou, na última quarta-feira (18), que realizará um novo leilão de dólares no mercado à vista na manhã desta quinta-feira (19), entre 9h15 e 9h20, com a venda de até US$ 3 bilhões. A taxa de referência será a Ptax do fechamento da véspera.
O dólar comercial disparou durante a sessão da quarta, com investidores preocupados com o cenário fiscal brasileiro, especialmente após a redução das propostas de corte de gastos do governo no Congresso.
A depreciação do real também foi influenciada pela revisão das expectativas sobre o corte de juros pelo Fed (Federal Reserve). Além disso, não houve intervenção do Banco Central no mercado cambial, ao contrário de pregões anteriores.
Como resultado, o dólar à vista registrou sua maior alta diária em mais de dois anos, subindo 2,82%, para R$ 6,2672, um novo recorde nominal de fechamento. A maior valorização anterior havia sido em 10 de novembro de 2022, com um ganho de 4,10%.
BC vende US$1,2 bi em leilão extraordinário
Após a moeda norte-americana ter alta de quase 1% nesta terça (17) em comparação ao fechamento do dia anterior, BC (Banco Central) realizou um leilão extraordinário no qual foram vendidos US$1,272 bilhão, segundo o Globo.
Foram vendidos sete lotes com taxa de corte de 6,1005 para conter o avanço da divisa, mesmo esforço foi observado na última semana e na segunda-feira (16) tentando conter a escalada do dólar.
Com risco de enfraquecimento de medidas do pacote de gastos proposto pelo governo e desconfiança do BC com críticas do presidente Lula à taxa de juros, levaram a mais um momento de dúvida no gerenciamento da política fiscal. Esse cenário torna as tentativas de controle da moeda estrangeira praticamente nulas.
O Copom emitiu em nota nesta segunda-feira(16) que o mercado financeiro reagiu mal ao pacote fiscal proposto pelo governo. Com cenário inflacionário mais duro para conter o desprendimento do gasto previsto tanto pelos indicadores financeiros quanto pelas expectativas, requerem uma política mais controlada.