Projeto piloto

BC divulga 13 casos de uso selecionados para 2ª fase do Drex

O BC confirmou que ao longo do primeiro trimestre do próximo ano abrirá chamada para novos consórcios entrarem no projeto do Drex

Drex
Drex / Foto: Divulgação/BC

O Banco Central (BC) divulgou os casos de uso selecionados para testar na segunda fase do projeto piloto do Drex, que tem como objetivo construir uma infraestrutura em tecnologia de DLT (registro distribuído) para tokenizar o real e alguns tipos de ativos do sistema financeiro regulado. Os casos de uso foram submetidos pelos consórcios da iniciativa privada que participam do Drex.

De 42 propostas apresentadas, 13 foram selecionadas pelos 16 consórcios. Entre elas estão: a cessão de recebíveis (sugerida pelos bancos ABC e Inter), crédito colateralizado em títulos públicos (Associação Brasileira de Bancos – ABBC, Banco ABC e MB – Mercado Bitcoin), crédito colateralizado em CDB (Banco do Brasil, Bradesco e Itaú), financiamento de operações de comércio internacional – trade finance (Inter), piscina de liquidez para negociação de títulos públicos (ABC, Inter e MB) e otimização do mercado de câmbio (XP-Visa e Nubank).

Os casos de uso de transações com ativos de agronegócio e de transações com debêntures estão sob a direção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), conforme comunicado do BC.

O texto também sinalizou que o desenvolvimento começará nas próximas semanas, passando por um debate para que participantes e reguladores possam dialogar e encontrar a melhor estratégia de implementação, governança e conformidade com as soluções de privacidade desenvolvidas para o projeto.

Parceiros

A autarquia também confirmou, conforme o “Valor”, que ao longo do primeiro trimestre do próximo ano abrirá chamada para novos consórcios entrarem no projeto do Drex. Esses novos participantes testarão a implementação de contratos inteligentes na rede do piloto até o final do primeiro semestre do ano que vem.

BC deve subir juros em 1,5 p.p para mais segurança, diz ex-diretor

O ex-diretor do BC e gestor da Ibiúna Investimentos, Rodrigo Azevedo, defendeu uma postura proativa da autarquia em relação à taxa de juros. O comentário foi feito durante o painél “Gigantes do mercado Brasil”, na Expert XP 2024.

“Alguns bancos centrais preferem esperar, outros preferem ser proativos. Tenho uma forte preferência de achar que, neste momento do Brasil, o BC deveria ser proativo. Os nossos modelos sugerem que um ajuste na casa de 1,5 p.p ou pouco mais que isso seria suficiente para atravessar o período de maiores incertezas a frente com maior segurança de que a inflação caminha para a meta”, disse Azevedo.

André Jakurski, da JGP, concordou que a melhor tomada de decisão deve ser a subida dos juros, mas defendeu um ajuste maior. “1 p.p (de aumento da Selic) não vai fazer diferença nem para a economia e nem para a Bolsa”, destacou Jakurski.