Copom

BC divulga planilha com histórico de votações do Copom

O BC comunicou que essas informações já eram públicas, mas agora estão organizadas de maneira estruturada

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Prédio do Banco Central (BC) / Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O BC (Banco Central) divulgou nesta quarta-feira (16) uma planilha com o histórico de votações do Copom (Comitê de Política Monetária), contendo informações sobre as decisões, placares e votos de cada membro.

O BC também comunicou que essas informações já eram públicas, mas agora estão organizadas de maneira estruturada. Segundo a autoridade monetária, outras autarquias internacionais disponibilizam informações de forma semelhante, como nos EUA, Suécia, Hungria e Reino Unido.

Na planilha, por exemplo, é possível ver quantas reuniões na história do Copom foram decididas por unanimidade ou com divisões. Além disso, é possível consultar como cada membro votou em cada uma das reuniões em que participou.

Para acessar, basta visitar a página do Copom no site do BC e clicar no link “Histórico de votações do Copom”.

Citi revisa pico da Selic para 12% visando cenários do BC

No cenário projetado por Leonardo Porto, economista-chefe do Citi para o Brasil, o BC (Banco Central) deve acelerar a alta da Selic para 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em novembro. 

Sendo assim, a taxa básica de juros deve chegar a 12%, no pico do ciclo, em função da piora das projeções feitas pela autarquia, segundo o executivo.

Anteriormente, o Citi previa que a Selic encerraria o ciclo de alta em 11,50%, mas de acordo com Porto, a revisão do banco se dá em meio a expectativas de inflação desancoradas na casa de 4% — acima da meta de 3% — além da perspectiva de uma apreciação ainda limitada do real.

Na avaliação do BC, conforme recente relatório de inflação, deve haver um ciclo muito mais amplo do que inicialmente previsto pelo Citi. 

“Na verdade, as previsões de inflação do Copom podem sugerir uma alta da Selic de até 3 pontos percentuais”, consta no documento, segundo o “Valor”.

Porto também citou, como contraponto, que as projeções da autoridade monetária não levam em conta um efeito favorável de uma potencial valorização do real, isto por conta do aumento do diferencial de juros com os EUA.