Expectativa de desaceleração

BC projeta crescimento reduzido para o 2º semestre de 2024 e 2025

O relatório apontou a elevação do consumo das famílias como um dos fatores principais que contribuíram para as projeções

Foto: Unsplash
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O BC (Banco Central) constatou que a economia continua a se expandir de forma robusta, com um mercado de trabalho que permanece dinâmico. No Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira, a autarquia monetária enfatizou um crescimento de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, superando as projeções.

O relatório identificou três fatores principais que contribuíram para o aumento do PIB nesse período: a elevação do consumo das famílias, o aumento dos investimentos e o desempenho positivo dos setores mais cíclicos.

O documento ressalta que os dois primeiros fatores são componentes cruciais da demanda final. Além disso, a surpresa favorável nos dados econômicos também se deve ao impacto “menor do que o esperado” das inundações no Rio Grande do Sul sobre a atividade econômica.

Expectativa de desaceleração econômica para 2024 e 2025

Apesar do bom desempenho observado, o relatório indica uma expectativa de desaceleração no crescimento da atividade econômica para a segunda metade de 2024 e para 2025.

“Contribuem para a desaceleração esperada a expectativa de menor estímulo fiscal, a interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023 e o nível já reduzido da ociosidade dos fatores de produção.” 

Apesar do bom desempenho observado, o relatório indica uma expectativa de desaceleração no crescimento da atividade econômica para a segunda metade de 2024 e para 2025.

O Banco Central (BC) também aponta que os indicadores mensais sugerem um crescimento reduzido no terceiro trimestre. 

O documento menciona que o comércio ampliado, excluindo o setor atacadista de alimentos, manteve-se estável em julho, enquanto a indústria apresentou um recuo. Em contrapartida, o volume de serviços teve um aumento.

O BC esclareceu que parte desse crescimento no setor de serviços se deve à correção de dados relacionados à publicidade. Além disso, o relatório destaca uma queda de 0,4% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em julho, que reverteu parte do aumento de 1,4% registrado no mês anterior.