O Banco Central informou nesta quarta-feira (26) que o saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 0,7% em maio, atingindo R$ 5,95 trilhões. No acumulado de 12 meses, o aumento foi de 9,2%.
O crédito livre registrou um aumento de 0,6% no mês, totalizando R$ 3,461 trilhões, enquanto o crédito direcionado subiu 0,8%, alcançando R$ 2,493 trilhões.
O crédito total para as famílias apresentou um crescimento de 0,9% em maio, chegando a R$ 3,676 trilhões. Já para as empresas, o incremento foi de 0,4%, resultando em um saldo de R$ 2,278 trilhões.
As estimativas mais recentes do Banco Central para a expansão do crédito em 2024 são as seguintes: um crescimento total de 9,4%, com o crédito livre previsto para aumentar 8,9% e o crédito direcionado para subir 10%.
Para pessoas físicas, o crescimento projetado é de 10,2%, enquanto para pessoas jurídicas, a expectativa é de um aumento de 8%.
Concessão aumenta em maio, mas inadimplência também sobe
Em maio, a concessão de novos empréstimos e financiamentos aumentou 1% na série dessazonalizada, que ajusta por fatores sazonais como o número de dias úteis.
Comparado a abril, houve um crescimento de 2% para pessoas físicas e uma queda de 1% para pessoas jurídicas. No crédito livre total, as concessões ajustadas sazonalmente subiram 1,6%, enquanto no crédito direcionado houve uma redução de 1,7%.
Sem ajuste sazonal, o total de concessões cresceu 0,4% no mês, alcançando R$ 570 bilhões.
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Para clientes corporativos, os novos empréstimos diminuíram 1,3% em relação ao mês anterior, totalizando R$ 243,9 bilhões.
Para as famílias, os novos empréstimos e financiamentos atingiram R$ 326,1 bilhões, representando um aumento de 1,6% em comparação a abril.
A inadimplência média nas operações de crédito subiu 0,1 ponto percentual em maio, chegando a 3,3%. Para as empresas, a taxa de inadimplência ficou estável em 2,6%, enquanto para as famílias permaneceu em 3,7%.
No crédito com recursos livres, a inadimplência subiu de 4,5% em abril para 4,6% em maio, enquanto no crédito direcionado, aumentou de 1,4% para 1,5%.
A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito caiu 0,1 ponto percentual de abril para maio, chegando a 27,8%, uma redução de 4,4 pontos percentuais em 12 meses.
Para pessoas jurídicas, a taxa diminuiu 0,2 ponto, ficando em 18,2%, enquanto para pessoas físicas, a taxa caiu de 32,6% para 32,4%. No crédito com recursos livres, a taxa média reduziu de 40,3% em abril para 40% em maio.
O spread bancário, que é a diferença entre as taxas de juros cobradas nos empréstimos e o custo de captação dos recursos, diminuiu de 19,1 pontos percentuais em abril para 18,9 pontos em maio.
Nas operações de crédito para pessoas físicas, o spread caiu de 24,2 pontos percentuais em abril para 23,9 pontos em maio. No crédito para empresas, o spread reduziu de 8,8 pontos para 8,4 pontos no mesmo período.
