
O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição segue “dependente de dados” para definir o nível de juros. Ao mesmo tempo, o executivo pontuou que há uma convergência da economia para um cenário de suavização da atividade.
Durante a entrevista coletiva realizada em Brasília nesta quinta-feira (25), Galípolo afirmou que o uso do termo “bastante prolongado” ao se referir à política monetária mostra que o BC segue dependente de dados. Informações da Reuters, via Money Times.
Durante a entrevista coletiva, o presidente do BC acrescentou que a retirada do termo “continuidade da interrupção” do comunicado do Copom se deu porque “parecia ficar um pouco extemporâneo” mantê-lo no documento, “ainda que siga a ideia de que estamos dependentes de dados”.
Copom decide manter Selic em 15% ao ano na Super Quarta
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% a.a. (ao ano), durante a chamada “Super Quarta” — dia em que também ocorre a decisão de juros nos EUA.
A decisão veio em linha com as projeções de economistas e investidores.
O comitê argumentou que: “O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.
O entendimento do grupo foi de que a manutenção da taxa em 15% é compatível com a estratégia econômica. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o texto publicado no site oficial do banco central brasileiro.