Volatilidade do câmbio

BC tem perda de R$ 816 mi com swaps em maio até dia 17

Com os swaps, o BC oferece proteção ao mercado em momentos em que o câmbio apresenta grande volatilidade.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O BC (Banco Central) registrou uma perda de R$ 816 milhões nas operações de swaps em maio, até o dia 17. As informações foram divulgadas pela autarquia nesta quarta-feira (22).

Os swaps não são contratos que têm o objetivo de gerar ganho para o BC. Com eles, a autarquia oferece proteção ao mercado em momentos em que o câmbio apresenta grande volatilidade. No contrato, o BC é “perdedor” quando o dólar registra alta em relação ao real e “ganha” quando ocorre o movimento inverso.

Já o valor medido em reais das reservas internacionais, resultante da variação do câmbio, reduziu-se em R$ 3,667 bilhões no mesmo período, conforme informações do “Valor”.

Haddad em evento do BC: ‘vamos trazer inflação para a meta’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta sexta-feira (17) que o Brasil está com uma inflação “bastante controlada” e que será possível fazer a taxa convergir para a meta de 3% ao ano.

A afirmação veio após Haddad ser questionado sobre o evento que ocorreu nesta sexta-feira no BC (Banco Central) para comemorar os 30 anos do Plano Real.

“No Brasil, sempre a inflação resvalava nos dois dígitos. Nós não vamos ver isso acontecer, nós vamos trazer a inflação para a meta, a disciplina vai continuar, nós vamos continuar interagindo com o Judiciário e o Legislativo em torno desse pacto pelas contas públicas”, declarou o ministro, de acordo com o “Valor”.

“Nós estamos com uma inflação bastante controlada. A inflação deste ano vai ser menor do que a do ano passado, e a do ano passado foi bem menor do que a do ano anterior, sobretudo se levar em consideração as distorções provocadas pelo populismo da desoneração de combustíveis, que também teve um efeito perverso sobre as contas públicas e uma maquiagem na inflação”, acrescentou.

Em relação aos resultados das contas públicas, Haddad destacou que um histórico de déficit primário, como o enfrentado na última década, não favorece o crescimento econômico. Com isso, o governo está adotando medidas para “recompor a base fiscal do Estado”.