
O BC (Banco Central) vendeu na manhã dessa terça-feira (18) US$3 bilhões em um leilão de linha. O evento marcou a terceira intervenção do presidente Gabriel Galipolo, no câmbio.
A operação ocorreu das 10h30 (horário de Brasília) às 10h35 e tem data de recompra marcada para dois de outubro de 2025. O BC aceitou cinco propostas com uma taxa de recorte de 5,411%.
A operação havia sido anunciada na véspera e tem como objetivo rolar outra operação de linha, realizada em16 de dezembro de 2024. No episódio, a autarquia vendeu US$3 bilhões ao mercado com compromisso de recompra em seis de março deste ano.
Relembre outros leilões
Em 20 de janeiro, na primeira intervenção do ano sob Galipolo, o BC vendeu um total de R$2 bilhões em dois leilões de linha. A operação foi realizada no mesmo dia da posse do presidente dos EUA, Donald Trump.
No dia 29 de janeiro, a instituição vendeu outros US$ 2 bilhões, desta vez para rolagem de um vencimento em quatro de fevereiro.
Com o leilão de terça-feira concluído, o banco garante liquidez ao mercado e evita que a demanda adicional por dólares possa estressar as cotações da moeda norte-americana.
BC precisa de segurança ‘um pouco além do normal’, diz diretor
Considerando o cenário econômico com alto nível de incertezas, o BC (Banco Central) precisa de um nível de segurança um pouco além do normal no aperto monetário, avaliou o diretor de Política Monetária da autarquia, Nilton David.
David também avaliou que talvez o mercado tenha exagerado no nível do prêmio de risco que refletiu sobre os preços dos ativos brasileiros no final de 2024.
Além disso, o diretor afirmou, segundo o “InfoMoney”, que em um ambiente de incertezas, o BC se coloca na posição de minimizar riscos para alcançar a meta de inflação de 3%.
“Mas o ponto é que antes a gente estava num gol de 7 metros, o gol agora tem 12 metros. Então onde que eu tenho que me posicionar, né?”, disse o diretor do BC, durante evento na Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em São Paulo. O executivo assumiu o cargo em janeiro e essa foi sua primeira declaração pública.