Empresas estimam uma taxa de 5,50% no IPCA (Índice de preços ao Consumidor Amplo) neste ano, acima da meta traçada pelo governo (3%). Informação é da pesquisa Firmus, divulgada pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (30).
A 7ª rodada da pesquisa foi realizada entre 12 e 30 de maio e teve 187 respostas completas. 31 a mais do que na 6ª rodada. Nessa rodada foram incluídas questões que abordam a oferta de crédito e o impacto da política comercial dos EUA.
As medianas sobre expectativas para o IPCA de 2025 e 2027 também foram mantidas (4,5% e 4,0%, respectivamente).
As expectativas sobre o PIB (Produto Interno Bruto) foram de 2,0% pelo terceiro trimestre consecutivo, disse o relatório do BC. A projeção do Governo Federal é de 2,4%.
Já a mediana das expectativas para a taxa de câmbio de seis meses à frente recuou de R$/US$ 6,00 para R$/US$ 5,80.
Alternativas de múltipla escolha
Uma novidade dessa edição da pesquisa é que foi incluída uma pergunta sobre o impacto da política dos EUA. A maioria dos respondentes considera que a política comercial norte-americana afetou as atividades, principalmente pelo aumento da incerteza econômica (78,1%).
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Poucos apontaram efeitos diretos, como alta nos custos dos insumos (27,8%) e concorrência com importados (25,7%), disse o relatório do BC. O percentual dos que acreditam num aumento na demanda externa e no preço de produtos exportados empatou em 13,9%.
O sentimento “discretamente negativo” sobre a atual situação econômica do país reduziu, mas ainda é predominante. Já o otimismo com o setor relativo à sua empresa se manteve praticamente inalterado.
O número de pessoas que esperam crescimento dos custos de mão de obra acima de 4% apresentou uma leve queda com relação à edição passada, mas ainda está em um patamar elevado.
O número de empresas que projeta aumento superior a 6% nos custos com insumos reduziu para. As expectativas para ajustes de preços frente à inflação e margens de resultado para os próximos 12 meses também mostraram estabilidade.
“A Pesquisa Firmus tem como objetivo captar a percepção de empresas não financeiras em relação à situação de seus negócios e às variáveis econômicas que podem influenciar suas decisões. Atualmente, a pesquisa está em sua fase piloto. Nesta etapa, pretende-se avaliar a clareza e a eficácia de diferentes tipos e formulações de perguntas, além de expandir o número de respondentes” diz o relatório
