Os economistas consultados pelo Relatório Focus, divulgado nesta terça-feira (5), pelo Banco Central, reduziram as expectativas de inflação para 2024. Em paralelo a isso, o documento ressalta um avanço na previsão dos especialistas sobre o PIB (Produto Interno Bruto).
O levantamento do Banco Central ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
A divulgação do relatório, que ocorre, comumente, às segundas-feiras, no entanto foi adiada devido à paralisação parcial dos funcionários da autarquia monetária.
Inflação
Segundo o Banco Cnetral, para a inflação, o principal indicador usado, IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deve terminar 2024 em 3,76%, abaixo da projeção da semana passada (3,80%) e das últimas quatro semanas (3,81%).
Já a estimativa de inflação para 2025 ficou estável em 3,51% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
PIB
Os economistas ouvidos pela autarquia monetária federal renovaram as suas estimativas para o PIB mais uma vez, erguendo o dado para 1,77%, ante 1,75% na semana anterior. Há quatro semanas, a previsão era de 1,60%.
Selic
No Relatório de Mercado Focus do Banco Central, a projeção para a taxa básica de juros, Selic, no fim de 2025 continuou em 8,50%, como já está há 13 semanas. A mediana para o fim de 2025 também seguiu em 8,50% ao ano.
Câmbio
O cenário esperado para o câmbio brasileiro ficou estável no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2024 seguiu em R$ 4,93, ante R$ 4,92 de um mês antes. Para 2025, a mediana seguiu em R$ 5,00, mesmo nível de oito semanas atrás.
Resultado primário
A projeção do Banco Central para o resultado primário em 2024 se manteve em um déficit de -0,78% do PIB, enquanto a estimativa para 2025 também continuou em -0,60% do PIB. Para 2025, houve piora na projeção, que passou de um déficit de -0,40% do PIB para -0,50% do PIB. O mesmo ocorreu para 2027, com a estimativa dos analistas passando de -0,20% do PUIB para -0,29% do PIB.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
Dívida pública
Ainda de acorod dom o Banco Central, as projeções das dívidas públicas apresentaram uma alta em quase todo o horizonte da pesquisa. Para este ano, a expectativa, que anteriormente havia se fixado em 63,68% do PIB, passou para 63,74% do PIB.
Para 2025, a estimativa também apresentou avanço, de 66,40% do PIB para 66,50% do PIB. A de 2026 passou de 68,55% do PIB para 68,65% do PIB. A de 2027, por sua vez, se manteve em 70,30% do PIB.