Os analistas do mercado financeiro ajustaram suas previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), elevando a estimativa de 4,63% para 4,71% neste ano. Com esse ajuste, a projeção continua acima do limite superior da meta de inflação de 4,50% para 2024.
Essas expectativas foram coletadas em uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana e estão detalhadas no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central.
IPCA
A previsão de que a inflação deste ano ultrapassará o teto da meta ocorre após a divulgação do IPCA de setembro, que foi impactado por fatores climáticos, como a seca, que afetou tanto a energia elétrica quanto os preços dos alimentos.
A meta central de inflação para 2024 é de 3%, sendo considerada cumprida se o índice ficar entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação ultrapasse esse intervalo, o Banco Central será obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando as razões do descumprimento da meta.
Para 2025, que também está dentro do alcance da política monetária, a previsão foi ajustada pela sétima semana consecutiva, subindo de 4,34% para 4,40%. Um mês antes, a estimativa era de 4,03%. Já a projeção para 2026 foi corrigida de 3,78% para 3,81%.
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PIB
A projeção do PIB para 2024 foi ajustada de 3,17% para 3,22%, marcando a segunda semana consecutiva de aumento. Para 2025, a estimativa permaneceu em 1,95% pela primeira vez, enquanto a previsão para 2026 se manteve em 2% pela 69ª semana consecutiva.
Selic
A expectativa para a Selic de 2024 permanece em 11,75%. Já a projeção para a taxa de juros de 2025 sofreu um aumento, passando de 11,50% para 12%. Para 2026, a previsão se estabilizou em 10%, após duas elevações consecutivas, enquanto a estimativa para 2027 ficou em 9,25%.
Câmbio
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para o dólar em 2024 em US$ 5,70. Para o final de 2025, a estimativa foi ajustada para US$ 5,60, subindo ligeiramente de US$ 5,55.
Resultado primário
A projeção para o resultado primário do Brasil em 2024 permaneceu inalterada em -0,50% do PIB, enquanto a estimativa para 2025 se manteve em -0,70% do PIB. A previsão para 2026 continuou em -0,60% do PIB, e a de 2027 foi ajustada de -0,43% para -0,40% do PIB.
Dívida pública
Quanto à dívida líquida do setor público, as estimativas para 2024 apresentaram uma leve queda, de 63,45% para 63,40% do PIB. Para 2025, a projeção subiu de 66,83% para 67% do PIB. Já as previsões para 2026 aumentaram de 69,50% para 69,80%, enquanto as de 2027 passaram de 72,80% para 73% do PIB.
