O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do BC (Banco Central), será sabatinado na terça-feira (8) pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal.
Caso aprovado, Galípolo terá o nome analisado pelo plenário do Senado ainda na terça-feira. A indicação do economista tem como relator na CAE o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT). Ele assumirá a cadeira que é ocupada por Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, cujo mandato se encerra no final deste ano.
Segundo o artigo 52 da Constituição, toda indicação para a diretoria da autarquia passa pelo crivo do Senado, bem como pela sabatina na CAE, que será seguida da votação no plenário.
As duas votações são secretas, e o nome deve ser aprovado pela maioria dos votantes, conforme apontou o “InfoMoney”.
Galípolo: autonomia do BC não é virar as costas para o governo
O diretor de política monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse que há uma “certa confusão” no debate sobre autonomia da autoridade monetária e esclareceu que a ideia não está relacionada à ideia de virar as costas para a sociedade e governo.
Durante evento na sede da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Galípolo afirmou que há um longo caminho a se cumprir sobre o esclarecimento da autonomia do BC.
O diretor de política monetária da autarquia também pontuou que é importante haver uma discussão ampla sobre o assunto, com a participação de todas as partes envolvidas, inclusive Executivo, Legislativo e funcionários do BC.
“O Banco Central tem autonomia, mas não para determinar a própria meta e objetivos”, acrescentou, ressaltando que a diretoria da autoridade monetária tem na discussão sobre a evolução institucional do BC não somente a evolução técnica, mas também administrativa e financeira.
Segundo ele, o objetivo é trabalhar da forma mais transparente possível.