Preparações para sucessão

Galípolo já fez 48 visitas a Senadores antes de sabatina para o BC

Atualmente diretor de Política Monetária do BC, Galípolo se reuniu com parlamentares tanto da base governista quanto da oposição

Brasília (DF) 03/082024 Indicado para a presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, durante visistas a senadores (Foto Lula Marques/ Agência Brasil)
Brasília (DF) 03/082024 Indicado para a presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, durante visistas a senadores (Foto Lula Marques/ Agência Brasil)

Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central (BC), já se encontrou com pelo menos 48 senadores desde o início do mês. Essas reuniões fazem parte do processo que antecede sua sabatina e a votação de sua indicação, prevista para o dia 8 de outubro. As informações estão registradas na agenda oficial de Galípolo.

Atualmente diretor de Política Monetária do BC, Galípolo se reuniu com parlamentares tanto da base governista quanto da oposição. 

Entre os encontros, destacam-se reuniões com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e com o senador Humberto Costa (PT-PE). 

Além disso, Galípolo conversou com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ambos ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro.

Galípolo deve encontrar mais 33 Senadores antes da sabatina

Se Galípolo desejar se encontrar com todos os 81 senadores, precisará agendar reuniões com mais 33 deles.

Além dessas visitas, ele ainda precisará passar pela sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e ter sua indicação aprovada pelo plenário do Senado Federal.

Até o momento, a presidência do Banco Central é a única posição que o governo indicou para preenchimento entre as três vagas que serão abertas com o término dos mandatos do atual presidente Roberto Campos Neto, da diretora de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta, Carolina de Assis Barros, e do diretor de regulação, Otávio Damaso.

Com a nomeação de Galípolo para a presidência, o governo também terá que nomear um substituto para a diretoria de política monetária.

Ainda não há anúncios oficiais sobre as novas nomeações para as diretorias. No entanto, o Valor revelou que três nomes estão sendo cogitados nos bastidores: Juliana Mozachi-Sandri, atual chefe do departamento de supervisão de conduta e presidente da FinCoNet (International Financial Consumer Protection Organisation); Isabela Damaso, gerente de sustentabilidade e relacionamento com investidores internacionais; e Gilneu Astolfi Vivan, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro.