Desafios à frente

Galípolo toma posse efetiva para a presidência do BC até 2028

O presidente do BC, natural de São Paulo, tem 42 anos e formação em Ciências Econômicas, além de ser mestre em Economia Política

Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

Em 1º de janeiro, Gabriel Galípolo e os novos diretores do Banco Central (BC) assumiram seus cargos oficialmente. O mandato de Galípolo na presidência da instituição se estende até 31 de dezembro de 2028.

A nomeação de Galípolo foi anunciada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia de 2024, substituindo Roberto Campos Neto.

O presidente do BC, natural de São Paulo, tem 42 anos e formação em Ciências Econômicas, além de ser mestre em Economia Política. Ele foi o fundador da Galípolo Consultoria em 2009, onde atuou como sócio-diretor até 2022.

Entre 2017 e 2021, presidiu o Banco Fator e também é professor do MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em parceria com a London School of Economics and Political Science.

Confirmação e novos desafios

Em agosto, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, confirmou Galípolo como o novo presidente do BC. Na época, Roberto Campos Neto parabenizou Galípolo pela nomeação.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou, por meio de um vídeo nas redes sociais, que não interferirá na atuação do Banco Central sob a nova gestão. Galípolo, que assumiu a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda no início do governo, ocupava a presidência do BC desde julho de 2023.

Além de Galípolo, Nilton David, que estava à frente da tesouraria do Bradesco, assume a diretoria de Política Monetária, com mandato até fevereiro de 2027.

Gilneu Vivan e Izabela Correa também assumem as diretorias de Regulação e Supervisão de Conduta, respectivamente, com mandatos até o final de 2028. Eles substituem Otávio Damaso e Carolina de Assis Barros, que tiveram seus mandatos encerrados.

Desafios à frente para o BC em 2025

A nova gestão do Banco Central enfrentará um primeiro trimestre desafiador em 2025, ano em que a instituição completará 60 anos.

A nomeação dos novos diretores e as incertezas sobre a composição da diretoria serão pontos cruciais para a autoridade monetária. Além disso, o BC já sinalizou um aumento na taxa Selic para 14,25% ao ano até março de 2025.

Na última reunião de 2024, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a taxa básica de juros de 11,25% para 12,25% ao ano e indicou mais elevações de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março.

O Copom avaliou que, apesar de um cenário adverso, as condições mais claras permitem fazer projeções sobre os próximos passos.