O novo presidente do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Ricardo Saadi, irá assumir o cargo no dia 1º de julho, disse o BC (Banco Central). Saadi substitui Ricardo Liáo, que esteve à frente do Conselho desde agosto de 2019 e que está deixando o cargo à pedido próprio.
Ricardo Andrade Saadi é delegado da Polícia Federal e ganhou destaque no combate ao crime organizado, á lavagem de dinheiro e à corrupção. O profissional já foi conselheiro do Coaf e é atual diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção na Polícia Federal. Saadi foi indicado para a presidência do Coaf por Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central.
“Sua larga experiência contribuirá para a missão do Coaf de produzir inteligência financeira e de supervisionar os setores econômicos sob competência do órgão para proteção da sociedade contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.” declarou o BC
A autarquia agradeceu Ricardo Liáo pelos serviços prestados e reconheceu a dedicação do profissional.
Para que serve o COAF?
Subordinado ao Banco Central, o Controle de Atividades Financeiras atua na prevenção de lavagem de dinheiro e combate a crimes como tráfico de drogas, tráfico de armas, tráfico de pessoas, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a administração pública, entre outros.
O trabalho é feito através do recebimento e análise de informações sobre transações financeiras suspeitas e posterior divulgação dos resultados, trabalho que já ajudou a identificar e desmontar atividades ilícitas. Desde 2003, todos os bancos são obrigados a informarem ao Coaf saques e depósitos acima de 100 mil reais.
Foi o Coaf, por exemplo, que identificou transferências acima do compatível com o seu patrimônio feitas por Mauro Cid.
STF revoga prisão de Mauro Cid
O STF (Supremo Tribunal Federal) revogou a prisão do tenente-coronel Mauro Cid na manhã desta sexta-feira (13), minutos após ela ter sido decretada.
A decisão foi tomada no âmbito da investigação que mira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, suspeito de ter atuado para obter a expedição de um passaporte português para Cid.
Apesar da revogação, o militar deve ser levado à sede da PF (Polícia Federal), em Brasília, para prestar um novo depoimento.