Contra golpes e fraudes

Pix: 'botão de contestação' chega aos aplicativos nesta quarta-feira (1º)

O "botão de contestação" ou MED ( Mecanismo Especial de Devolução) permitirá que as vítimas de fraude solicitem contestação das transação de maneira digital e diretamente pelo aplicativo da instituição financeira.

Pix automático entra em vigor no dia 16 de junho (foto Agência Brasil)
Pix automático entra em vigor no dia 16 de junho (foto Agência Brasil)

O Pix passa a ter um novo recurso à partir desta quarta-feira (1º). O “botão de contestação” ou MED ( Mecanismo Especial de Devolução) permitirá que as vítimas de fraude solicitem contestação das transação de maneira digital e diretamente pelo aplicativo da instituição financeira.

De acordo com o BC (Banco Central), o objetivo da medida é agilizar o processo de bloqueio de valores e aumentar as chances de que os recursos sejam devolvidos.

De acordo com o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Breno Lobo,, via Times Brasil, quando o botão é acionado, a informação é enviada automaticamente para o banco do recebedor da transação, que deverá bloquear os valores disponíveis.

“Depois do bloqueio, ambos os bancos têm até sete dias para analisar a contestação. Caso concordem que se trata realmente de um golpe, a devolução é efetuada diretamente para a conta da vítima. O prazo para essa devolução é de até onze dias após a contestação”, explicou Lobo.

O BC destacou que esse recurso não é válido em caso de erros de digitação de chave Pix, arrependimento ou disputas comerciais legítimas. O uso do MED se restringe a casos de fraude, golpe ou coerção, quando há clara prática criminosa.

BC adia funcionalidade de Pix parcelado para 2026; entenda

BC (Banco Central) optou por adiar o lançamento da funcionalidade do Pix parcelado, que possibilitaria aos usuários dividir pagamentos com crédito imediato ao recebedor, seja pessoa física ou pessoa jurídica. 

O mecanismo – muito aguardado para começar neste semestre de 2025 – ficará em “stand by” diante da preferência e urgência em reforçar a segurança e estabilidade do sistema financeiro após sucessivos ataques cibernéticos, além da descoberta de vínculos entre fintechs, instituições bancárias e o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O foco da autoridade monetária voltou-se ao fechamento de lacunas regulatórias que estavam sendo exploradas pelo crime organizado. A autarquia já anunciou um pacote de medidas, entre elas a limitação de R$ 15 mil para transações via Pix ou TED realizadas por instituições de pagamento sem licença, além da obrigatoriedade de rejeição de operações com indícios recentes de fraude.