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Saques em poupanças ultrapassaram depósitos em R$ 6 bi

No acumulado de 2025, os saques superaram os depósitos em R$ 55,9 bilhões.

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Saques em cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 6,25 bilhões no mês de julho de 2025. No total, foram R$ 363,57 bilhões em depósitos e R$ 369,82 bilhões em saques no mês.

No acumulado de 2025, os saques superaram os depósitos em R$ 55,9 bilhões. O Relatório de Poupança foi divulgado nesta sexta-feira (8) pelo BC (Banco Central), em Brasília. Informações via Agência Brasil.

Entre os motivos que levam a um cenário em que os saques na poupança são maiores do que os depósitos figura a alta da taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 15% ao ano.

Segundo o documento, os rendimentos creditados em julho totalizaram. R$ 6,47 bilhões. Com isso, o saldo se manteve pouco acima de R$ 1 trilhão.

No mês de junho, os depósitos feitos em poupança eram maiores do que os saques em R$ 2,12 bilhões. Já em julho do ano passado, os saques superavam os depósitos em R$ 908,6 milhões.

Selic permanecerá restritiva por período prolongado, diz BC

Selic permanecerá restritiva por um “período bastante prolongado”, disse Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC (Banco Central), nesta sexta-feira (8). Declaração foi dada durante o Fórum Jota, em São Paulo.

Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu por unanimidade no dia 30 de julho por manter a taxa Selic em 15% ao ano, após um ciclo de sete aumentos consecutivos. Informações da Reuters, via Investing.com.

Conforme sugerido por Guillen, o momento atual, que incluiu a entrada da tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, é de cautela, o que justitifica a decisão dos membros do BC em sua reunião de julho por interromper o ciclo de altas dos juros.

“A gente optou por uma interrupção e antecipou agora continuar essa interrupção. Dada a toda incerteza, (precisamos) ter cautela”, disse Guillen. “Vai ser um período bastante prolongado de taxa significativamente contracionista para levar a inflação à meta, que é o compromisso.”

O diretor do BC reforçou a comunicação da autarquia desde o encontro do Copom, sinalizando que as autoridades precisam de tempo para verificar se o nível atual da taxa de juros é “apropriado” para fazer a inflação convergir para a meta (de 3%, com margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo).