Política

BC eleva projeção de inflação para 2023, 2024 e 2025; confira

2024 e 2025 também sofreram alta no relatório divulgado, nesta quinta-feira (30)

O BC (Banco Central) divulgou o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) com aumento na projeção da inflação para 2023, 2024 e 2025. Conforme o documento, a expectativa para 2023 saiu de 5%, do último RTI, para 5,8%. As projeções também subiram para 2024 (de 3,0% para 3,6%) e para 2025 (de 2,8% para 3,2%). 

segundo o relatório do BC anunciado nesta quinta-feira (30), os principais fatores de alta para essas revisões foram a elevação das expectativas de inflação pelo mercado, a revisão das projeções de tarifas de energia elétrica em função de decisão liminar do STF, a surpresa recente do subitem “Emplacamento e licença”, a revisão de projeções de curto prazo da inflação e a estimativa de hiato do produto mais fechado.

Desta forma, a inflação acumulada calculada pelo IPCA em doze meses recua de 5,60% em fevereiro para 3,79% em junho. O banco afirma que a inflação acumulada em doze meses deve voltar a subir no terceiro trimestre, quando será retirada do cálculo a variação negativa do IPCA em igual período de 2022. 

Para o PIB, a projeção de crescimento em 2023 passou de 1,0%, no Relatório de Inflação anterior, para 1,2% no documento divulgado nesta quinta. Apesar disso, o BC vê uma desaceleração da atividade econômica, na comparação com os dois anos anteriores. A expectativa é que o crescimento no ano tenha contribuição relevante do setor agropecuário.

O setor deve apresentar dinâmica distinta, com crescimento expressivo no primeiro trimestre, decorrente principalmente da expectativa de elevado aumento da produção de soja. O funcionamento do âmbito influenciará tanto no crescimento do PIB no primeiro trimestre, quanto na desaceleração no período seguinte.

Ata do Copom: analistas veem BC comprometido e corajoso

Em meio a um cenário de pressão promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros, o Banco Central divulgou nesta terça-feira (28) a ata da sua última reunião – encerrada em 22 de março e que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75%. De acordo com analistas consultados pelo BP Money, o documento teve um tom duro e mostrou que a instituição monetária não irá hesitar em subir os juros caso a inflação não cesse.