Juros no Brasil

BC reduz taxa de juros em 0,5 p.p. e Selic vai a 10,75%

Esse se concretiza como o sexto corte seguido, desde agosto de 2023

Copom
Foto: Copom/ Divulgação

Sem surpresas, os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiram reduzir a taxa de juros básica do Brasil em 0,50 ponto porcentual, levando a Selic a 10,75% a.a. O anúncio ocorreu no início da noite desta quarta-feira (20).

Esse se concretiza como o sexto corte seguido, desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.

A decisão já era esperada em consenso pelo mercado financeiro, que interpretou como uma possível confirmação a última edição do Boletim Focus, divulgada pelo BC na última terça-feira (19).

A pesquisa semanal com analistas de mercado havia informado uma previsão de queda na taxa básica em  0,5 ponto percentual.

“O Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025”, declarou o BC na divulgação.

BC menciona cenário volátil em decisão

Na publicação sobre a decisão do Comitê, o Banco Central citou as discussões que o mercado tem sustentado sobre as alterações na política monetária, não apenas no Brasil, mas em diversos países.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, afirmou.

No panorama doméstico, disse o BC, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom.

Com os índices de inflação para 2024 e 2025, apurados pelo Boletim Focus, apontando um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) torno de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Enquanto isso, o BC ressaltou que, em seu cenário de referência, os dados inflacionários “situam-se em 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025”.