Após a derrota do partido Democrata com Kamala Harris contra Donald Trump (Republicano) na eleição dos EUA na quarta-feira (6), o atual presidente Joe Biden, garantiu nesta quinta-feira (7) que toda sua equipe estará empenhada em uma transição pacífica e ordenada de poder.
“As pessoas votam e escolhem seus próprios líderes, e o fazem pacificamente. E estamos em uma democracia. A vontade do povo sempre prevalece”, afirmou Biden em pronunciamento na Casa Branca.
Biden afirmou ter ligado para Trump para parabenizá-lo por sua vitória. Durante o discurso, ele soltou algumas indiretas para o republicano, que não aceitou publicamente a derrota há quatro anos.
“As campanhas são uma competição de visões concorrentes. O país escolhe um ou outro. Aceitamos a escolha que o país fez”, disse o presidente, segundo o “InfoMoney”.
“Você não pode amar seu país apenas quando vence. Você não pode amar o próximo apenas quando concorda. Algo que espero que possamos fazer. Não importa em quem você votou, que se veem não como adversários, mas como compatriotas americanos. Abaixe a temperatura”, recomendou.
Biden ressaltou que cumprirá suas obrigações enquanto presidente dos EUA e que honrará a Constituição. “Em 20 de janeiro, teremos uma transferência pacífica de poder aqui na América”, reafirmou.
Biden decidirá se estenderá convite para Trump participar do G20
A próxima reunião do G20 acontece em novembro no Rio de Janeiro. Mesmo com a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, o governo brasileiro decidiu que fica à critério do atual presidente norte-americano, Joe Biden, decidir se estender — ou não — o convite para o encontro ao seu sucessor.
Fontes próximas ao Palácio do Planalto disseram que a decisão não cabe ao governo brasileiro devido a questões diplomáticas. Desta forma, não há alterações na organização do evento, previstas para ocorrer entre os dias 18 e 19 deste mês. As informações foram obtidas pelo “Valor”.
Uma das motivações para esse protocolo é que Trump só tomará posse do cargo em 20 de janeiro de 2025. Até lá, o processo eleitoral nos EUA envolveu uma votação de delegações e o Congresso norte-americano.
Nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para debater o cenário da política externa brasileira diante da vitória eleitoral do republicano Donald Trump.