Política

Bloqueios em rodovias: 912 motoristas foram multados, diz Justiça

Desde domingo, bloqueios impedem o trânsito em protesto contra o resultado da eleição presidencial

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou nesta quarta-feira (02) que 912 motoristas foram multados, entre segunda-feira (31) e terça-feira (01), por bloqueios em rodovias federais de todo o Brasil. Desde domingo (30), grupos impedem o trânsito em protesto contra o resultado da eleição presidencial, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os valores das multas dependem do tipo de infração, variando de R$ 5 mil a R$ 17 mil, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também afirmou, nesta quarta-feira, que ainda há 156 pontos de bloqueio no País, mesmo após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar a liberação das vias.

Segundo o CTB, utilizar veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito é infração gravíssima. A pena é uma multa de R$ 5 mil e suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além da remoção do veículo. 

Já para os identificados como organizadores do bloqueio, a multa é agravada, no valor de R$ 17 mil. 

Ainda, ambas as penalidades podem ser impostas a pessoas físicas ou jurídicas, de acordo com o CTB.

Rodovias federais ainda têm 156 bloqueios, segundo PRF

A Polícia Rodoviária Federal informou que, às 9h30 desta quarta-feira (02), 156 pontos ainda bloqueiam rodovias federais do País. O total é menor que o registrado no início da manhã de terça (01), quando eram 271 pontos de retenção. A PRF afirma que já desfez 574 manifestações. 

Os bloqueios são feitos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com o pleito de domingo.

Para Wallace Landim, mais conhecido como “Chorão”, líder dos caminhoneiros, esta greve é um movimento “antidemocrático”. Em entrevista ao BP Money, Landim destacou que os bloqueios das rodovias não representam a classe geral de caminhoneiros e defendem uma “pauta da extrema direita”.