Tentativa de golpe

Bolívia: promotores iniciam investigação contra general

Veículos blindados e soldados se retiraram dos arredores do palácio presidencial e a polícia local retomou o controle de uma praça central em La Paz

Foto: Pixabay
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O Ministério Público da Bolívia declarou nesta quarta-feira (26) que abrirá uma investigação criminal contra o general Juan José Zuñiga e outros participantes do que o governo e líderes internacionais repudiaram como uma tentativa de golpe.

Veículos blindados e soldados se retiraram dos arredores do palácio presidencial e a polícia local retomou o controle de uma praça central em La Paz, ao passo que um comando militar recém-empossado ordenou que as tropas se desmobilizassem. As informações são do “InfoMoney”.

General anuncia golpe de Estado na Bolívia

general Juan José Zúñiga anunciou, nesta quarta-feira (26), um golpe de Estado na Bolívia.

A decisão do general ocorreu após militares cercarem o Palácio Quemado, sede do governo boliviano. O comandante do Exército chegou ao local em um tanque de guerra.

Ao chegar, ele exigiu uma “mudança de gabinete” e tentou entrar no local em um veículo blindado, conforme informações do “Metrópoles”.

Presidente da Bolívia já havia falado de ‘mobilizações irregulares’ e ex-presidente acusou o general

Após os tanques armados invadirem o palácio presidencial da Bolívia, o presidente do país, Luis Arce, comentou sobre “mobilizações irregulares”, ao passo que o ex-presidente Evo Morales chegou a falar sobre, de fato, um possível “golpe de Estado”.

Algumas unidades do exército haviam sido vistas em praças e ruas de La Paz ainda nesta quarta-feira. Militares faziam guarda no palácio, e o presidente boliviano chegou a dizer que faria um pronunciamento à nação ainda nesta data.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que rompeu com Arce em 2023, mas segue como membro do mesmo movimento do atual presidente, declarou tratar-se de um golpe de Estado.

Segundo Morales, um regimento do Exército colocou francoatiradores em uma praça de La Paz. Na sequência, o ex-presidente acusou o ex-comandante do Exército, o general Juan José Zúñiga, de estar por trás das movimentações.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) repudiou a movimentação e solicitou que a democracia fosse respeitada.