Quase doze meses após sua inelegibilidade declarada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Jair Bolsonaro permanece como a principal figura competitiva da direita política.
Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas revela que, caso houvesse uma eleição hoje, Bolsonaro estaria praticamente empatado com Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente.
No primeiro turno, Bolsonaro receberia 38,8% dos votos, enquanto Lula ficaria com 36%. Esta pesquisa incluiu outros candidatos, como Ciro Gomes com 8,4%, Eduardo Leite com 3,4% e Helder Barbalho com 1%.
No cenário de um possível segundo turno entre Bolsonaro e Lula, a diferença é ainda menor, com Bolsonaro obtendo 42% e Lula 41,7%, dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, o que indica um empate técnico.
Além disso, cerca de 11,3% dos eleitores manifestaram intenção de votar em branco, nulo ou em nenhum candidato, enquanto 5% não souberam ou não responderam.
Segundo dados do Paraná Pesquisas, há um aumento notável na menção espontânea do nome de Bolsonaro entre os eleitores, que passou de 12,3% em agosto do ano passado para 16,1% atualmente.
No mesmo intervalo, a intenção de voto em Lula variou de 22,6% para 19,9%, indicando uma oscilação nesse período.
Potencial eleitoral
Quando se trata do potencial eleitoral, ou seja, o nível de apoio ou rejeição dos eleitores em relação aos candidatos, o cenário apresentado pelo Paraná Pesquisas mostra uma semelhança interessante.
Em relação a Lula, 30,8% afirmaram que “com certeza votariam” nele, enquanto 27% expressaram voto garantido em Bolsonaro. Por outro lado, 47,4% dos eleitores afirmaram que “não votariam de jeito nenhum” no petista, enquanto 48,4% rejeitam completamente o ex-presidente.
Defesa de Bolsonaro recorre para reverter inelegibilidade no STF
A defesa de Jair Bolsonaro, do PL, apelou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em uma tentativa de reverter a inelegibilidade do ex-presidente e do general Walter Souza Braga Netto, candidato a vice-presidente em 2022.
Os advogados estão buscando que o TSE encaminhe o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse tipo de recurso, conhecido como recurso extraordinário, deve primeiro ser submetido ao TSE, que avalia se atende aos requisitos para seguir adiante, antes de enviá-lo ao STF.
As condenações de Bolsonaro e Braga Netto foram relacionadas a abuso de poder político e econômico durante as celebrações do Bicentenário da Independência em setembro de 2022, ocorridas em Brasília e no Rio de Janeiro.
Como resultado, ambos estão proibidos de concorrer em eleições até 2030.