O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (6) para negar um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que solicitava o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 2022.
Segundo a defesa de Bolsonaro, Moraes deveria ser impedido de analisar o caso por ser, em tese, “parte ou diretamente interessado”.
A solicitação dos advogados tem como relator, na Corte, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. O julgamento, que ocorre no plenário virtual do Supremo, foi iniciado nesta sexta-feira.
A votação eletrônica ficará aberta até a próxima sexta-feira (13).
A maioria foi formada pouco depois das 15h (horário de Brasília), com seis votos contra o recurso do ex-presidente. Os ministros Flávio Dino, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Dias Toffoli acompanharam o voto do relator, conforme apontou o InfoMoney.
Costa critica ‘silêncio do mercado com 200 bi gastos por Bolsonaro’
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou o mercado financeiro por pressionar o governo federal sobre o pacote fiscal enquanto, segundo ele, ficou em silêncio com os R$ 200 bilhões “torrados” na tentativa de reeleger o ex-presidente Jair Bolsonaro. As declarações ocorreram nesta quinta-feira (5), no seminário do PT em Brasília.
“A gente não viu o tal do mercado apontar essa absoluta irresponsabilidade com dinheiro público. Nós estimamos mais de R$ 200 bilhões que foram torrados em 2022 para tentar a eleição do presidente Jair Bolsonaro naquele ano. E o mercado absolutamente silencioso e apoiando o discurso vazio e inconsistente do então ministro da economia, Paulo Guedes”, afirmou Costa.
O ministro também falou de erros nas previsões do mercado e ressaltou o crescimento do PIB no Brasil nos últimos dois anos. “Para quem dizia que o Brasil ia crescer 1% no ano passado, o Brasil cresceu 3,3%. E no ano passado foi puxado pelo agronegócio”, afirmou ele.