Após a repercussão do indiciamento pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta quinta-feira (21) por meio de sua rede social X.
Bolsonaro compartilhou trechos de matérias já publicadas, relembrando declarações antigas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a investigação.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, publicou o ex-presidente.
Bolsonaro foi indiciado junto a outros 36 agentes políticos e militares, supostamente envolvidos em trâmites realizados durante sua gestão, entre 2019 e 2022.
Bolsonaro teria dado aval para golpe de Estado, diz general
O general da reserva Mário Fernandes, um dos presos na Operação Contragolpe, da Polícia Federal, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para um golpe de Estado até 31 de dezembro de 2022. A afirmação foi feita a Mauro Cid, por meio de um áudio.
“Cid, boa noite. Meu amigo, antes de mais nada me desculpa estar te incomodando tanto no dia de hoje. Mas, porra, a gente não pode perder oportunidade. São duas coisas. A primeira, durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, disse Mário Fernandes.
A conversa consta no relatório de inteligência da operação, deflagrada na terça-feira (19) para prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice, Geraldo Alckmin, eleitos em outubro de 2022.
Mário Fernandes também está envolvido, segundo a Polícia Federal, em um plano para matar Lula, Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.