Sem liderar nenhuma pesquisa recente, Guilherme Boulos (PSOL), tenta repetir a realização de Luiza Erundina: vencer uma eleição para a Prefeitura de São Paulo com uma arrancada intensa na reta final.
Em 1988, quando ainda era membro do Partido dos Trabalhadores (PT) — hoje ela é deputada federal pelo PSOL —, Erundina conquistou a prefeitura com 36,78% dos votos. Naquele ano, o pleito foi em turno único e contou com 14 candidatos. O favorito era Paulo Maluf (PDS), que teve pouco mais de 30% dos votos. Agora, Boulos e Erundina estão na mesma situação.
Boulos, assim como Erundina, terá de enfrentar o dia da votação decisiva sem liderar nenhuma pesquisa, considerando o segundo turno como uma nova eleição.
Na pesquisa do DataFolha divulgada no sábado (26), conforme apontou a “IstoÉ”, Ricardo Nunes (MDB) registrou 48% das intenções de voto, enquanto Boulos apareceu com 37%. Mesmo assim, a expectativa do PSOL é de uma virada.
Integrantes da equipe socialista mantêm uma visão positiva para o pleito, apesar dos levantamentos de intenção de voto apontarem para uma maré contrária.
Marçal promete “muito respeito” em sabatina com Boulos; Nunes negou
O empresário Pablo Marçal fará uma sabatina com o candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) na sexta-feira (25).
Apesar do clima hostil no período anterior ao primeiro turno, no qual Marçal também era candidato à prefeitura da capital, ele prometeu conduzir a sabatina como uma “entrevista de emprego” e com “muito respeito”.
Pablo Marçal também convidou o candidato à reeleição Ricardo Nunes(MDB), porém, ele negou a participação.
“Vai ser com muito respeito, não vou focar em passado. Vou fazer perguntas técnicas, que é o que o povo quer saber”, concluiu Marçal, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição em São Paulo.