
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após encontro nesta quinta-feira (4) com o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, disse que o governo Trump demonstrou interesse em cooperar com o Brasil em operações contra lavagem de dinheiro.
No encontro com Escobar, Haddad compartilhou detalhes de investigações que são realizadas por órgãos brasileiros como a Receita Federal.
O ministro da Fazenda disse que ficou acertado no encontro que haverá troca de informações entre autoridades dos dois países no campo do combate à atuação internacional do crime organizado.
“Temos que fazer trabalho conjugado para que dinheiro não irrigue facções como tem acontecido no Brasil e em outros países da América Latina”, disse Haddad.
Fernando Haddad afirmou ainda que saiu “animado” do encontro com Gabriel Escobar, e sentiu entusiasmo do governo americano em ampliar a cooperação com o Brasil.
“Podemos potencializar o combate à lavagem de dinheiro e como esse dinheiro chega às facções”, colocou o ministro.
Visita oficial entre presidentes dos EUA e Brasil
Após o encontro de Haddad com Escobar e a conversa telefônica, nesta semana, entre os presidentes Donald Trump e Lula, já se projeta, dentro do governo, a possibilidade de uma visita de Estado no ano que vem.
A tendência é que um encontro os dois presidentes seja organizado para o mês de março ou o mais tardar em abril.
A possibilidade de uma viagem de Lula aos Estados Unidos, ou de Trump ao Brasil em 2026, chegou a ser discutida na recente conversa telefônica entre os dois.
As áreas diplomáticas de Brasil e Estados Unidos, entretanto, ainda não definiram quem visitará primeiro o país do outro presidente.
Diplomacia ainda quer ampliar negociações
Apesar do otimismo com o estreitamento da relações, o entorno do presidente Lula acredita que o agendamento da visita depende, essencialmente, de algum acordo mais concreto entre os dois países.
Na prática, isso significa que o Brasil deseja alcançar consensos em questões como a retirada completa do tarifaço, o recuo na aplicação de sanções como a Lei Magnitsky, ou mesmo uma definição de maior cooperação no combate ao crime organizado.
A justificativa dos negociadores brasileiros é que só se justifica uma visita de Estado quando houver alguma “entrega” a ser feita.