Política

Brasil está "ansioso" para queda de taxa de juros, diz Rui Costa

Rui disse ainda que a taxa a 13,75% “inviabiliza” parcerias público-privadas (PPPs) e concessões

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (10) que o Brasil “está ansioso” pela queda da taxa de juros. O ministro disse ainda que a taxa a 13,75% “inviabiliza” parcerias público-privadas (PPPs) e concessões. As declarações foram dadas a jornalistas no Palácio do Planalto.

“Um encaminhamento que todos queremos ver acontecer o mais rápido possível, para viabilizar ainda mais rapidamente a volta do emprego e da renda, é a queda da taxa de juros porque, a 13,75%, não é fácil botar um projeto de PPP e de concessão de pé a essa taxa de juros. É preciso um Brasil que precisa de emprego, o Brasil que precisa trabalhar, que precisa produzir na indústria, que precisa vender no comércio está ansioso na expectativa de ver a taxa de juros reduzir para que isso possa viabilizar e colocar de pé projetos.”

Integrantes do governo e do PT têm feito críticas à taxa de juros e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A avaliação é que a taxa, atualmente em 13,75%, pode comprometer o crescimento econômico do ano e trazer impopularidade para o governo.

“É difícil imaginar uma taxa interna de retorno que consiga ficar de pé com quase 14% de juros. É o maior juro real do mundo, não existe país no mundo que pague maior juro do que o Brasil. Então, só o que falta para a gente ter uma alavancagem maior nos investimentos é a gente ver a sinalização e a materialização da queda das taxas de juros para que o Brasil volte fortemente a gerar empregos e acelerar a sua economia”, concluiu.

Bandeira branca entre Lula e BC

Depois de proferir diversas críticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que uma trégua ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

“Não cabe ao presidente da República ficar brigando com o presidente do Banco Central”, afirmou Lula, em entrevista à CNN no mês passado. “Eu até teria direito, porque ele não é presidente do BC indicado por mim, ele foi indicado pelo Bolsonaro, ele foi indicado pelo Guedes. Então, significa que a cabeça política dele é uma cabeça muito diferente da minha e daqueles que votaram em mim. Mas ele está lá, tem um mandato”, complementou o petista.

De acordo com o presidente, Campos Neto precisa ver que o governo deve ser voltado para os mais pobres. “Se ele topar, quando eu for levar o meu governo para visitar os lugares mais miseráveis desse país, vou levá-lo para ele ver. Ele tem que saber que a gente, nesse país, tem que governar para as pessoas que mais necessitam”, disse Lula.