O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), criticou o Banco Central nesta segunda-feira (27), afirmando não ser possível que o Brasil tenha “a maior taxa de juros do mundo”.
A declaração de Alckmin foi dada durante a cerimônia de transmissão de cargo do presidente do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), de Eduardo Eugenio Gouvea Vieira para Vagner Freitas de Moraes.
“Eu sempre ouvi que nós tínhamos 3 dificuldades: juros, imposto e câmbio. O câmbio está bem. Agora é só estabilidade, sem grandes oscilações. O imposto estamos na iminência de termos uma simplificação tributária que vai dar um impulso na indústria e no emprego. Os juros nós vamos trabalhar para baixar, porque não tem nenhuma razão, não tem demanda que justifique ter o maior juros do mundo”, afirmou Alckmin.
BC: Bruno Serra conclui mandato e Rodolfo Fróes deve substitui-lo
O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Bruno Serra, se despediu, nesta segunda-feira (27), do cargo que ocupa desde 2021. O mandato terminou no dia 28 de fevereiro, mas Serra permaneceu interinamente até que o substituto fosse escolhido. A exoneração saiu oficialmente nesta manhã.
O novo diretor do BC pode ser Rodolfo Fróes, indicação de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e aprovado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os nomes dos indicados ainda precisam passar pela avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O plano era anunciar os novos diretores após a viagem de Lula à China, mas o presidente foi diagnosticado com pneumonia leve e não poderá viajar.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, divulgou nota agradecendo a Serra pelos serviços prestados.
“Em nome do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto agradece ao diretor Bruno Fernandes pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e à Diretoria Colegiada”, diz o texto.