A primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem (BRKM5), no Senado, foi suspensa nesta quarta-feira (21). O movimento ocorreu após não haver consenso referente ao nome indicado para a relatoria e o foco das investigações.
A CPI da Braskem foi formada para investigar a degradação ambiental causada pelas operações petroquímicas na sal-gema, em Maceió – AL.
Em 2018, a empresa estava a frente de um projeto de extração de sal fez o solo da capital de Alagoas ceder, fazendo mais de 50 mil pessoas deixarem suas casas. Mais de 14 mil imóveis foram condenados em cinco bairros da cidade.
Duas das principais lideranças políticas fazem parte a CPI do Senado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) e o senador Renan Calheiros (MDB), aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto tem ressalvas quando a comissão.
“Essa CPI não será específica sobre a cidade de Maceió ou sobre Alagoas. Ela tem de ser específica sobre o procedimento [extração de sal-gema]. Não se trata somente de indenização. Há questões muito mais profundas que serão discutidas aqui”, disse Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, de acordo com o InfoMoney.
O colegiado havia marcado a sua primeira reunião para às 10h desta quarta-feira, mas o encontro foi adiado para o fim da tarde. Os senadores se reuniram em uma sala reservada para amenizar possíveis conflitos, mas não obtiveram sucesso. Ainda não há certeza de que a reunião ocorrerá hoje.
Braskem (BRKM5): analistas esperam resultado fraco no 4T23
Após a divulgação do relatório de produção e vendas do quarto trimestre da Braskem (BRKM5), analistas da XP (NASDAQ: XP) projetaram resultado financeiro abaixo da média histórica no trimestre.
“O 4T23 continuou a ser um período difícil para o setor petroquímico, com preços e spreads permanecendo em níveis historicamente baixos. No entanto, em relação ao 3T23, a maioria dos spreads melhorou, especialmente o PE à base de etano (beneficiando principalmente a rentabilidade do México)”, comenta a XP, de acordo com a “Suno”.
A corretora acredita que o balanço desfavorável entre oferta e demanda está pesando sobre as taxas de utilização e as vendas no Brasil. Além disso, a sazonalidade afetou o volume de vendas dos segmentos.