A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou uma moção de repúdio à primeira-dama, Janja da Silva, pelo xingamento direcionado ao empresário Elon Musk, proprietário da rede social “X” e da Tesla, durante um evento do G20 Social no Rio de Janeiro.
A oposição solicitou e conseguiu aprovar, no colegiado — por 14 votos a 5 —, a moção contra a fala de Janja. A medida contou com o apoio de partidos da base governista, como Republicanos e União Brasil.
O comentário ocorreu durante o evento oficial há duas semanas. Enquanto falava, Janja foi interrompida pelo som de uma buzina de navio. Em tom de brincadeira, disse: “Alô, Elon Musk”, como se a interrupção fosse uma intervenção do bilionário. “Eu não tenho medo de você, inclusive… fuck you, Elon Musk”, afirmou, recebendo aplausos da plateia, segundo apontou o Valor.
Musk, que também foi indicado recentemente para assumir o Departamento de Eficiência no novo mandato de Donald Trump, respondeu à provocação pela rede social, afirmando: “Vão perder a eleição”.
A declaração de Janja gerou críticas até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, sem mencionar diretamente o nome da primeira-dama, declarou que “não é necessário ofender ou xingar ninguém”.
Câmara aprova exigência de sede no país para corretoras de cripto
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o PL (Projeto de Lei) 4932/23, que obriga corretoras de criptoativos a ter sede no Brasil para atuar no país. Além dessa exigência, a proposta estabelece outras medidas de compliance para o setor. O objetivo é prevenir a lavagem de dinheiro. O projeto segue para votação no Senado.
O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), para o Projeto de Lei 4932/23, da CPI das Pirâmides Financeiras. O parecer do relator foi lido em Plenário pelo deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ).
Segundo Ribeiro, o BC (Banco Central) ainda não regulamentou o assunto após a conclusão da CPI, que identificou suspeitas de utilização desses serviços de ativos virtuais para lavagem de dinheiro e remessa ilegal de recursos para o exterior. “É crucial estabelecer, imediatamente, algum tipo de prática de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo no setor de ativos virtuais”, disse, em nota da Agência Câmara de Notícias.