Política

Câmara dos Deputados aprova PEC dos Precatórios em 2º turno

Proposta será promulgada nesta quinta (16) às 14h, no Plenário do Senado

A Câmara dos Deputados aprovou a PEC dos Precatórios por 332 votos a favor, 141 contra e 1 abstenção nesta quarta-feira (15), a matéria precisava de pelo menos 308 apreciações para poder seguir com a tramitação. Os parlamentares realizaram a análise de 7 destaques do texto, entre eles a transformação do Auxílio Brasil em um benefício permanente, em vez de ter prazo para encerrar no final de 2022, após o período eleitoral. A proposta agora seguirá para promulgação marcada para esta quinta-feira (16) às 14h no Plenário do Senado.

O que ficou definido

Os deputados mantiveram o limite de pagamento de precatórios até 2026, e não mais até 2036, e a destinação do espaço fiscal da PEC para o Auxílio Brasil e despesas previdenciárias. A limitação para as despesas com sentenças judiciais abre uma folga de R$ 43,8 bilhões no teto em 2022.

A mudança no cálculo do teto de gastos, promulgada na semana passada, garante mais R$ 62,2 bilhões no Orçamento. No total, a proposta garante a abertura de um espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões para aumento de gastos no ano que vem.

Os deputados suprimiram dispositivo que contém previsão para o pagamento das parcelas dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) dentro do mesmo ano. O Senado havia criado esse calendário para evitar que o governo pagasse esses recursos a estados comandados por adversários políticos apenas após a eleição de 2022.

Auxílio Brasil

Com a aprovação final, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá pagar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 e ainda negociar o restante para atender demandas de parlamentares. Além disso, o substituto do Bolsa Família terá caráter permanente, tendo prazo de encerramento indefinido.