A Câmara dos Deputados está acelerando a tramitação de projetos voltados à segurança pública e à isenção do Imposto de Renda em resposta à crise de imagem gerada pela rejeição da PEC da Blindagem no Senado.
A proposta, que ampliaria a proteção jurídica de parlamentares, recebeu críticas generalizadas da opinião pública e foi arquivada pelos senadores.
Na terça-feira (30), o plenário aprovou oito requerimentos de urgência para projetos de segurança, permitindo que sigam direto ao plenário, sem passar pelas comissões.
Entre as medidas, estão o aumento da pena para homicídios de policiais e o endurecimento da repressão a crimes cometidos por organizações criminosas.
A decisão foi tomada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alegando consenso com os 27 secretários de segurança do país.
Nesta quarta-feira (1º), a pauta prioriza a votação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, uma medida de alta popularidade eleitoral e defendida pelo governo.
Após as manifestações contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia a condenados na trama golpista, Motta afirmou que era “o momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas”.
Apesar disso, a PEC da Blindagem foi votada na Câmara e criticada publicamente, enquanto o projeto da anistia permanece em discussão nos bastidores.