Política

Campos Neto: avaliação do arcabouço fiscal é "superpositiva"

Presidente do BC fez, na manhã desta quarta-feira (5), sua primeira avaliação sobreo arcabouço fiscal

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), avaliou a proposta do arcabouço fiscal apresentada pelo governo federal como “positiva”. Em sua primeira avaliação, o bancário afirmou que vai acompanhar a tramitação no congresso.

Campos Neto participou na manhã desta quarta-feira (5) de um evento realizado pelo Bradesco, e teceu comentários acerca da proposta do governo. No início da semana, o chefe do banco se reuniu com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e discutiu, entre outros temas, a nova regra fiscal.

“Nossa avaliação é super positiva. Reconhecemos o esforço do governo e vamos observar como será o processo de aprovação no Congresso. Para quem avaliava o risco de ter uma trajetória de dívida mais descoordenada, acho que isso foi eliminado”, falou a autoridade monetária durante evento desta manhã.

“O que foi anunciado até agora elimina o risco, para aqueles que imaginavam, de que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva. Há uma certa ansiedade em relação à parte das receitas”, prosseguiu o presidente do BC.

Mas Campos Neto ponderou. “O importante para a gente é atuar dentro do sistema de metas. Temos uma meta de inflação e olhamos a expectativa”, concluiu.

Haddad diz que considera série de medidas para aumentar crédito

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está considerando uma série de medidas para aumentar o crédito do Brasil. Haddad disse que discutir uma agenda de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) será sua próxima prioridade depois de aprovar o plano fiscal.

“Aqueles que buscam mercados de capitais no Brasil hoje são aqueles que realmente precisam de capital de giro, até mesmo dinheiro para folha de pagamento. Eles estão pegando empréstimos e olhando para o passado, em vez de fazer investimentos e olhar para o futuro”, disse o ministro, em entrevista à Bloomberg News. 

Ele acredita que uma boa reforma tributária seria a melhor contribuição que o governo pode dar à indústria brasileira. Haddad disse anteriormente que os bancos centrais não parecem entender totalmente a situação de crédito do Brasil e expressou esperança de que sua proposta de estrutura fiscal abra espaço para taxas de juros mais baixas.

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